“Inspirado na tradição portuguesa, reinventa design nas suas peças e recupera materiais, utilizando na sua essência, papel reciclado e tecidos” é como se apresenta o projeto Reideias aqui!
Foi na 33ª Feira Internacional de
Artesanato de Lisboa, realizada no passado mês de setembro na FIL –
Parque das Nações, que eu conheci Maria Rebocho, alguém que apostou
no artesanato português há cerca de 10 anos!
E foi com
muito gosto que eu lhe coloquei, logo ali, algumas questões para dar a conhecer,
aos meus caros leitores, um projeto tão particular e único!
Em primeiro lugar, tudo começou pela tradição no papel, que é obviamente
algo muito antigo, sugerindo ler-se aqui que: «em Portugal, a produção de
papel teve início em finais do Séc.XIV, no entanto, as primeiras fábricas só
apareceram no início do Séc. XVIII. Foi ainda o primeiro país a produzir pastas
químicas de eucalipto: ao sulfito em 1923; ao sulfato em 1957.»
Sabiam, por acaso, que, em Portugal, no tempo da Grande Guerra, as
mulheres utilizavam muito o papel para fazer colares ou cintos, bem como tapetes
para as entradas ou os quartos das suas casas?
E como, nessa altura, o papel não era algo tão acessível tal como acontece
hoje, eram maioritariamente utilizados maços de tabaco, ideia através da qual, Maria
Rebocho, foi ganhando forma, recreando sempre peças alusivas a Portugal:
Santo António, São Santiago, São João; utilitários para servir frutos secos,
pacotes de açúcar; queijeiras; pratos para bolo; figuras representativas de
profissões; etc.
No que diz respeito ao tipo de papel utilizado, a artesã prefere o
do jornal para pintar, ou então o das publicidades dos supermercados para dar
um efeito mais colorido.
Entretanto, a mesma artesã associou-se ao Cearte - Centro de Formação Profissional de
Artesanato, que, ao estar por sua vez ligado ao IEFP, começou também
a frequentar algumas feiras, logo novas oportunidades foram surgindo ao longo
do tempo, desejando-lhe as maiores felicidades para o futuro!
Acrescente-se ainda que Maria Rebocho trabalhava anteriormente
na área da cenografia, logo com o mesmo tipo de materiais, só que numa outra
dimensão e atrás do palco, criando cenários e vários tipos de figurinos!
Em conclusão: praticar a arte de reciclar papel é também uma forma
de contribuir para a diminuição da degradação ambiental, recuperação e
preservação da fauna e flora que existe à nossa volta, não vos parece?
Uma proposta: experimentem a passar pela banca 8, sector 5, do projeto
Reideias, no interior do Mercado de Campo de Ourique, em Lisboa, entre as 10h e
as 15h de terça a sexta-feira, ou então entre as 10h e as 17h ao sábado, e
apoiem o artesanato português!
“É com ternura que criamos as nossas peças, reunindo
originalidade, simplicidade, despertando o interesse, tentando agradar e
surpreender.” (fonte: www.reideias.com)
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