“Cozinhar não é um serviço, cozinhar é um modo de amar os outros” foi a frase do escritor moçambicano Mia Couto escolhida para fazer parte da decoração do Restaurante Harmonia!
A cozinha estava-lhe no sangue, dizia o próprio Chef Marco Costa!
Por outro lado, o nome do seu Restaurante, o “Harmonia”, é como que uma continuação do antigo Restaurante “Harmonia da Beira”, espaço este, localizado na Penha de França, em que os seus pais, o Senhor António Costa e a Dona Maria Natividade, oriundos de Viseu, trabalharam durante 33 anos!
Por isso, desde
pequenino, que se lembra de servir às mesas, recebendo ainda hoje clientes que se
lembram muito bem desses tempos…
E foi a mãe
que lhe ensinou de tudo um pouco de tudo na cozinha, sobretudo no que toca à
comida tradicional portuguesa, logo, muitos dos pratos que são servidos atualmente
no Restaurante “Harmonia”, fazem parte dessa mesma panóplia de sabores e
recordações…
Desta forma, aconselho-o vivamente a experimentar, meu caro leitor, o intitulado “cozido à portuguesa”, que é sempre servido à quinta feira, bem como o “bacalhau com broa” ou o “cabrito” que costumam sair ao domingo, pois todos têm ótima fama, não acredita?
E fica
desde já a saber também que, toda a arquitetura do espaço foi pensada para
estar intimamente ligada ao tema do vinho, cuja cozinha foi, por esse motivo,
projetada para estar dentro de uma «pipa», para além de que, no jardim, foi até
criada, no teto, um género de uma latada, toda recortada, imitando as parras
de uma videira, consegue imaginar?
Já agora,
acrescento uma outra curiosidade: na sala de refeições, onde eu tive a
oportunidade de jantar rodeada entre amigos e o próprio Chef Marco Costa,
existe uma parede onde cada cliente poderá colocar, à sua vontade, as rolhas das
garrafas, imitando os socalcos do Douro, não é uma ideia genial?
Mas
voltando à história resumida da vida profissional do Chef, temos que o mesmo
frequentou um curso de cozinha na Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de
Lisboa, para logo a seguir começar a trabalhar na cozinha do antigo Hotel Le
Méridien, que ficava na rua Castilho, em Lisboa.
Entretanto, também ajudou os seus pais a servir às mesas durante cinco anos, para depois se aventurar a abrir o seu próprio negócio!
Digamos que
é alguém que se afirma bastante persistente e resiliente naquilo em que
acredita, ou não fosse do signo Carneiro, atualmente com 36 anos, tendo mais
planos para o futuro, fiquemos atentos!
E assim abriu o chamado Restaurante “Zé do Cozido”, situado na Alameda, já há cerca de onze anos.
Porém, mais
tarde, veio a tornar-se, afinal, num espaço demasiado pequeno, para tantos
clientes à procura de se deliciarem com os seus bons pratos tradicionais
portugueses, contendo só 40 lugares!
Portanto,
passados sete anos, eis que surge o local perfeito e com quase o tripo de
lugares distribuídos por diferentes salas, onde antes teria sido um
supermercado…
E o restaurante “Harmonia” era para ser um restaurante com todo o conforto para o cliente, dizia o Chef, em que ao mesmo tempo conseguisse interligar, lá está, o tema do vinho com pratos tradicionais portugueses, ainda que existissem outro tipo de alternativas…
Claro que já houve momentos difíceis, afirmava ainda, tais como as duas temporadas de confinamentos, ainda tão presentes nos nossos pensamentos, não é verdade?
Mas tudo
fez para não fechar, surgindo, nessa altura, a venda de refeições em regime
take-Away…
Para
concluir, o Chef Marco Costa assume que faz de tudo um pouco no dia a dia do
restaurante, colaborando com a sua equipa no que é necessário.
E ainda contou que os fornecedores do restaurante eram maioritariamente locais e que o pão e a broa eram de fermentação natural, muito bom!
Depois
ainda se falou acerca dos queijos chiba, dos doces que variam todos os dias, dos
vinhos selecionados, enfim…
Ou seja, fica ainda muita coisa por contar, mas ainda mais para provar e repetir!
Por fim, deixo-vos, abaixo, a denominação de alguns dos pratos que foram então servidos durante o jantar de apresentação da nova carta no passado dia um de junho, em que eu tive o prazer de estar presente, cujas imagens se encontram distribuídas ao longo deste artigo, englobando todo um conjunto de entradas, pratos de peixe e de carne e sobremesas, à medida que se ía ouvindo cantar o fado, que foi mais uma bela surpresa que simplesmente encantou todos os presentes:
- presunto pata negra, bola de bacalhau, carpaccio de polvo, picapau de atum, tempura de bacalhau, mini hamburgueres de carne maturada, polvo à lagareiro acompanhado com uma cama de grelos e batata à murro, bife à Harmonia (continha um molho de natas, cogumelos e redução de vinho tinto e ainda camarões grelhados) acompanhado de um mix de batatas fritas, walking drink (cocktail à base de vinho do Porto, Brandy Constantino, limão, açúcar e noz moscada), farófias, arroz doce, pudim Abade de Priscos, etc.
Nota: as noites de fado costumam
acontecer sempre na primeira quarta de cada mês, sendo a próxima já no dia três
de agosto, não esqueça!
E para mais
informações, basta clicar em https://www.grupoharmonia.com
(texto escrito por Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa)
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