”Se algo
de bom acontecer, beba vinho para comemorar. Se algo de ruim acontecer, beba
vinho para esquecer. Se nada acontecer, é só beber vinho que acontece alguma coisa.”
(fonte: https://www.provam.com/equipa/
)
Meu
caro leitor: por acaso sabia que a casta Alvarinho é considerada, por
reconhecidos experts, como sendo a melhor casta branca portuguesa e uma
das melhores castas do mundo?
E
é em Monção e Melgaço que se revela e atinge o seu máximo de
potencialidades, sendo um território simplesmente único, capaz de reunir
condições naturais ao mesmo tempo excecionais!
Assim
sendo, tem crescido o número de prémios e distinções recebidas em concursos
nacionais e internacionais, convidando-o, desde já, a explorar todo um conjunto
de vinhos de alta qualidade da PROVAM.
Por
isso, reserve também um tempo para ler a entrevista que se segue abaixo, de
forma a ficar a conhecer melhor, para depois degustar, todo um leque vínico de aromas
e sabores muito próprios, já agora recorrendo às minhas propostas de
harmonização que brevemente irão ser publicadas na Revista P´rá Mesa,
não perca!
1) Há quantos anos é que é enólogo e como é que apareceu essa sua paixão pelos vinhos?
Engenheiro Abel Codesso:
Sou enólogo há 28 anos. Sou um homem nado e criado numa aldeia de
Melgaço, onde aprendi a fazer todo o tipo de trabalhos na agricultura. Assim
sendo, o contacto com a elaboração do vinho apareceu muito cedo.
2) E o que significa degustar vinho e como é que sabe que está saboreando um vinho de qualidade?
Engenheiro Abel Codesso: Degustar vinho é,
em princípio, um ato muito pessoal, pois o nosso gosto está lá sempre. A prova,
por muito que tentemos ser imparciais, pelas nossas vivências, os vinhos
provados terão sempre uma certa influência em nossa nota final. Um vinho de
qualidade deve ser um vinho que me dê um enorme prazer no ato de ser bebido.
3) A complexidade do vinho resultará, naturalmente, de vários processos, correto? Pode explicar alguns?
Engenheiro Abel Codesso: A complexidade
depende em primeiro lugar da casta ou das castas que estamos a vinificar.
Depois, a maceração pelicular, a curtimenta e a fermentação em barricas e/ou
ânfora conferem ainda uma maior complexidade aos vinhos, quando estes são bem
elaborados, para citar algumas.
4) Já agora: como é que se consegue reconhecer a verdadeira identidade e a origem das castas, de forma a combater a fraude na produção de vinhos?
Engenheiro Abel Codesso: Algumas têm características
que fazem a diferença, mas a maior parte destas castas são cultivadas em todo o
mundo, sendo às vezes muito difícil identificá-las.
5) Afinal de contas, como é que nasceu o projeto da empresa PROVAM e o que faz de Monção e Melgaço o Berço e a origem do Alvarinho?
Engenheiro Abel Codesso: A PROVAM nasce da
necessidade de escoamento da uva de 10 pioneiros, que queriam fazer mais,
melhor e diferente. A região de Monção e Melgaço é onde a casta alvarinho
melhor se expressa e consegue dar origem a vinhos ímpares e de condição
mundial.
6) Quer destacar alguns vinhos? E quais é que são aqueles mais procurados pelos vossos clientes?
Engenheiro Abel Codesso: Destaco o Portal
do fidalgo, Contradição, Portal do fidalgo 25 anos, Vinha Antiga, Varanda do
conde, Coto de Mamoelas e Irrequieto, basicamente quase todos 😊.
Os mais procurados são Portal do fidalgo, Coto de Mamoelas e Varanda do Conde.
7) No que diz respeito ao tipo de harmonização que podemos fazer entre vinho e gastronomia, nem sempre é fácil encontrar o vinho certo para o prato servido à mesa, seja nas entradas ou petiscos, prato de carne, prato de peixe ou bolos e sobremesas. Contudo, quer indicar, aos meus caros leitores da revista P´rá Mesa, algumas regras básicas para o fazer de forma correta?
Engenheiro Abel Codesso: Acho que esta não
é a resposta que esperava, mas… sigam o vosso gosto pessoal e o vosso instinto…
Um bom vinho só é um bom vinho se for partilhado com as pessoas certas no
momento certo. Um bom vinho é feito de boas experiências, alegria e risos…
8) Aqui pode ler-se que “A APENO – Associação Portuguesa de enoturismo irá promover uma votação que vai eleger os melhores enoturismos do ano, não só porque é a única associação exclusivamente dedicada ao enoturismo português, mas também porque não existe em Portugal nenhuma qualquer iniciativa no género. De facto, existem alguns prémios de enoturismo atribuídos através de entidades de alguma forma ligadas direta ou indiretamente ao sector, mas nenhum focado exclusivamente no enoturismo, dando-lhe a importância que merece. Nem com um painel de jurados tão diversificado como o que iremos ter, envolvendo jornalistas, entidades oficiais do vinho e do turismo, Chefes de Cozinha e Sommeliers, e até mesmo os nossos associados. A Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) vai realizar a primeira edição do ‘Prémio Nacional de Enoturismo’, que se irá realizar no dia 17 de junho de 2022, no Altis Grand Hotel, na rua Castilho, em Lisboa.” Quer comentar?
Engenheiro Abel Codesso: Nós, portugueses,
como ótimos anfitriões que somos, nunca fechamos a porta a ninguém 😊.
O enoturismo em Portugal está a crescer em número e em qualidade, oferecendo o
melhor que temos: os nossos vinhos, a nossa gastronomia e a simpatia das nossas
gentes. Os serviços prestados hoje em dia pelas nossas adegas são experiências
únicas que ficam na memória e diferenciam Portugal do resto do Mundo. Acho uma
ótima ideia premiar esse setor.
Já agora aproveito para convidar os estimados leitores a
fazerem uma visita à PROVAM, garanto que serão muito bem recebidos!!
9) Para terminar, pode ler-se agora aqui que “A dieta mediterrânica – uma dieta com benefícios comprovados para a saúde devido aos seus princípios e à sua riqueza nutricional – tem por base um conjunto de padrões e de hábitos assentes numa alimentação plant based, com preferência por alimentos sazonais, vegetais e com um baixo teor de gordura saturada. Esta dieta, assim como a Roda da Alimentação Mediterrânica, recomenda o consumo moderado de vinho às refeições devido à presença de polifenóis e de outros antioxidantes que se encontram nesta bebida.” Nesta medida eu pergunto-lhe até que ponto é que o vinho se transformou num verdadeiro símbolo cultural muito importante para Portugal e o que há a dizer acerca do «vinho sem álcool» ou até mesmo do «vinho vegan»?
Engenheiro Abel Codesso: Portugal, apesar
de ser um pais considerado pequeno, é enorme em regiões vitivinícolas e todas
elas expressam, com os seus vinhos, o seu terroir e a sua essência, obviamente
que se transformam em símbolos culturais. Os novos consumidores são curiosos e
o mundo dos vinhos é cada vez mais fascinante.
Relativamente aos vinhos sem álcool 😊,
se na fermentação se dá a transformação dos açucares em álcool… acho que não há
necessidade de inventar…
Sobre os vinhos Vegan, parece-me
bem respeitar todas as opções/escolhas alimentares dos consumidores, hoje em
dia muitos vinhos são Vegan, inclusivamente os da PROVAM.
Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa.
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