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Márcia Tayar da Assessoria de Imprensa Press Tayar, localizada em São Paulo, Brasil, tem uma vasta experiência na área de comunicação e desenvolve textos como ninguém!
«A tecnologia
avança a passos largos e as barreiras das distâncias diminuem (…) Os limites
técnicos de comunicação estão sendo superados a cada dia (…) A revolução nas
comunicações promove a globalização e representa um avanço para a integração mundial.»
(fonte: https://www.melodiaweb.com/373/tecnologia/a-internet-e-a-globalizacao
)
E foi assim, pela Internet, que eu e a caríssima Parceira Marcia
da Assessoria de Imprensa Press Tayar nos conhecemos, não é
fantástico?
Somos de continentes diferentes, mas o nosso intuito é o
mesmo: partilhar conhecimento com os outros!
E a gastronomia é ou não é um dos maiores prazeres da vida,
bastando sentarmo-nos à mesa para apreciarmos um pouco do que se come por todo
o mundo?
Afinal de contas:
- a gastronomia tornou-se, também por influência da
própria globalização, ao mesmo tempo num elemento cultural, símbolo de
identidade e meio de integração na sociedade
- a alimentação é considerada como uma prática que vai para
além do simples ato de comer, ligada por sua vez à construção de toda uma
identidade própria, singular e única pertencente a cada grupo social
Vamos então ler a entrevista abaixo, não podendo deixar de agradecer,
a Marcia, o facto ter aceitado responder a algumas perguntas acerca de
si e do seu projeto, vamos lá?
1. Para começar: o que é afinal jornalismo e qual a sua
importância num mundo cada vez mais global?
Márcia Tayar: Vivemos numa época
globalizada ao extremo, onde a INFORMAÇÃO virou algo banal. Por isso, penso que
o jornalismo verdadeiro é aquele que se pauta sempre na verdade. Não informa
apenas, mas ensina. Transforma a comunicação em algo real e fácil de entender. Devido
à expansão desacelerada da internet, perdeu-se muito da arte de escrever.
Atribuo ao jornalismo a responsabilidade de formar opinião em pessoas cultas e
leigas, em jovens e idosos, em ricos e pobres. Para mim, nunca foi apenas uma
profissão, mas sim uma paixão a ser vivida e cuidada.
2. E como é que nasceu essa sua vontade de comunicar com
os outros?
Márcia Tayar: Quando criança, trocava
facilmente uma boneca por um livro. Adolescente, era a oradora da turma.
Adulta, tentei seguir outro caminho, mas a COMUNICAÇÃO me achou! Não optei por
ela logo de cara, mas de repente, me vi escrevendo e falando publicamente.
3. Que pessoas gostou mais de entrevistar até hoje e
porquê?
Márcia Tayar: Já entrevistei pessoas
importantes, até mesmo um funcionário público de alto grau. Trabalhei para um
jornal brasileiro e lá criamos o CENSO - Caderno Empresarial de Negócios,
Serviços e Oportunidades. As pautas eram voltadas para os cuidados com a
população mais carente, então conversávamos diariamente com órgãos governamentais
e com seus líderes... infelizmente, descobri que a grande maioria deles só
tinha interesse pessoal, queriam fama, poder e riqueza. Não se importavam
genuinamente com o povo. Desisti deles!
Identifico-me com as pessoas mais simples, aquelas que
falam com o coração, que não têm vergonha de ser o que são e buscam sempre
melhorar como indivíduos. Aqueles que mesmo tendo pouco, compartilham o que
tem. Aqueles que agem como o Bom Samaritano da parábola bíblica, ajudando até
quem não conhecem apenas por amor e empatia. No entanto, no mundo corporativo,
são poucos os que me fazem gostar do que ouço!
4. Já agora, pode contar qual foi o seu percurso
profissional até chegar à criação do seu próprio projeto de uma Agência de
Notícias?
Márcia Tayar: Trabalhei por muitos anos ao
lado do também jornalista, Said Tayar, com quem fui casada até a sua morte. Com
ele aprendi a profissão na prática. Ele amava o que fazia! Ficou muito doente nos últimos anos de vida e
fechamos a agência que tínhamos por mais de 30 anos, Spaya Facts &
Communication. Viúva, com mais de cinquenta anos, me vi obrigada a recomeçar...
sozinha!
Obs: Quando interrompi minha carreira, o jornalismo era
impresso. Quando voltei, era tudo digital!!! Tive de reaprender, literalmente,
tudo!
Meu primeiro trabalho, nesse segmento, foi aos 21 anos de
idade num jornal da cidade de Guarulhos, grande São Paulo. Desde então,
permaneço na área da Comunicação até hoje.
5. Outro dia lia aqui https://www.bbc.com/portuguese/media-63204181
que "Jornalista brasileiro da BBC é surpreendido ao vivo na TV por
explosões em Kiev". Será que também já passou por alguma situação
menos agradável ou receosa?
Márcia Tayar: Vou falar de uma situação
atual, desagradável e constrangedora, mas engraçada também relacionada a um
cliente da área gastronômica. Marcamos uma coletiva de imprensa para apresentar
um novo point na cidade paulistana. Os chefs da casa estavam dando as
entrevistas ao vivo, quando um rapaz embriagado se aproximou e disse ser filho
do proprietário. A princípio, ninguém acreditou e com muito cuidado o tiramos
de lá! Passadas algumas horas, presenciamos uma discussão acalorada... o que estava
acontecendo? O tal rapaz embriagado era mesmo quem dizia ser. Porém, o pai não
o conhecia! Era a primeira vez que o via.
O rapaz chegou até o evento por meio das notícias
veiculadas na mídia.
Naquele momento foi tudo muito difícil. Hoje, virou meme
e uma lição ficou clara: a verdade sempre vem à tona e quando a mídia está por
perto todo cuidado é pouco!!!
6. E qual a sua opinião sobre a liberdade de imprensa?
Por acaso já sentiu algum tipo de pressão nesse sentido?
Márcia Tayar: Acho tudo muito exagerado e
tendencioso.
Eu não vivi uma repressão severa, mas meu marido foi até
preso por causa disso nos anos 70!
7. Aqui https://abraji.org.br/noticias/abraji-e-farol-olham-para-desafios-do-jornalismo-no-brasil-em-2022
pode ler-se que o "cenário que
se desenha para os jornalistas brasileiros em 2022" é "Um ano em que
a exaustão, após dois anos da pandemia de covid-19 e de sucessivas crises políticas,
não poderá ditar o ritmo do trabalho jornalístico, cada vez mais precarizado.
E, em meio a tantos desafios, o próximo ano aponta ainda para o fortalecimento
das iniciativas independentes e do empreendedorismo dos profissionais".
Concorda? E que tipo de conselho gostaria de dar a alguém que está a iniciar
agora uma carreira na mesma área profissional?
Márcia Tayar: Concordo totalmente. Nesse
tempo de pós-pandemia que, na verdade, ainda não acabou, soma-se os fatores que
apontei acima como a disseminação de informação de péssima qualidade na
internet que, muitas vezes, parece terra de ninguém, e cada vez fica mais óbvio
que só sobreviverá no mercado quem souber se adaptar sem perder o caráter e a
garra.
O povo brasileiro é por si só, muito criativo. Os verbos
REINVENTAR e RESSIGNIFICAR estão sempre diante de mim!
Meu conselho para qualquer estudante que queira seguir
carreira em qualquer área é: SÓ INVISTA NO QUE VOCÊ GOSTA E ACREDITA. VOCÊ SÓ
FARÁ A DIFERENÇA SE REALMENTE AMAR O QUE FIZER!
8. No que diz respeito ao tema da gastronomia no Brasil,
qual é que será, para si, o menu mais tipicamente brasileiro e que Chef de
Cozinha é que gostaria de convidar para o confecionar na sua casa e porquê?
Márcia Tayar: Dentre outros, creio que
FEIJOADA é o prato que mais agrada ao brasileiro. Eu, pelo menos, amoooo!
Existem alguns chefs que admiro demais. Um deles é André
Boccato. Poderia citar também, Rita Lobo, Alex Atala, Carlos Bertolazzi, além
de Claude Troisgros que não é brasileiro, mas é encantador!
9. E será que o Brasil voltará a ser o "país do
futuro" com o resultado das eleições presidenciais?
Márcia Tayar: Prefiro não falar sobre
política pois não gosto do tema.
Falando, porém, apenas do Brasil, amo esse país de gente
trabalhadora, hospitaleira e guerreira.
Somos o segundo menor salário mínimo, da América Latina,
com uma média de US$ 2,2 por hora.😪
10. Para terminar: o que recomenda visitar e degustar no
seu país?
Márcia Tayar: O Brasil é um país
potencialmente turístico, possui grande diversidade cultural, além de belezas
exuberantes em algumas regiões.
De modo bem simples, eu diria que a cidade de São Paulo é
a capital gastronômica do país. Aqui temos um pouco de tudo. Um dos locais mais
procurados pelo paulistano são as churrascarias.
É raro, entretanto, encontrar um brasileiro raiz, ou
seja, somos oriundos de várias raças, uma verdadeira miscigenação, e por isso,
amamos degustar os mais diferentes pratos.
Culturalmente também, acontece algo inusitado: um dos
nossos maiores prazeres é comer e é impossível convidar alguém à sua casa ou
vice-versa sem servir alguma coisa gostosa!
A cidade de São Paulo é ainda conhecida por seus inúmeros
museus e pontos de cultura.
Mas, se o turista
quiser praticar o ecoturismo que é um dos nossos carros chefes, por assim
dizer, em cada estado encontrará algo para o encantar!
Por exemplo, em São Paulo temos a ILha Bela, um
arquipélago no litoral norte paulista formado por 15 ilhas, 40 praias e 360
cachoeiras, aproximadamente. Cerca de 80 por cento de sua área é coberta pela
vegetação da Mata Atlântica.
Na Bahia, dentre tantos lugares que se destacam, indico a
Chapada Diamantina. Um dos destinos de ecoturismo mais exuberantes do país dentro
de seus 70 mil km de metros quadrados.
No estado de Goiás, encontramos a Chapada dos Veadeiros
que oferece uma vastidão de fauna e flora.
Em Pernambuco, destaco Fernando de Noronha que é chamado
de "O Caribe Brasileiro"!
Conta com algumas das praias mais bonitas do mundo inteiro, com águas
extremamente cristalinas e mornas, ideais para mergulho, e onde você pode
observar a presença da fauna marinha mais exuberante do nosso país, que incluem
diversas espécies de peixes, golfinhos, corais, arraias e tartarugas, entre
outros.
No Rio de Janeiro, menciono suas praias lindíssimas e o
Parque Nacional do Itatiaia. Primeiro e mais antigo Parque Nacional do Brasil,
o Itatiaia é um dos melhores pontos do país para praticar esportes como
trekking e montanhismo, pois, fazendo parte da grandiosa região da Serra da
Mantiqueira, conta com alguns dos mais altos picos brasileiros em um território
que abrange 300 mil metros quadrados, se estendendo desde o estado do Rio de
Janeiro até Minas Gerais e sua divisa com São Paulo.
créditos de imagem: Ilhabela, litoral de São Paulo |
Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa.
Muito obrigada. Amei a matéria!
ResponderEliminarEu é que agradeço a sua vontade de partilhar ideias e conhecimentos tão importantes para todos nós!
EliminarCumprimentos,
Mónica Rebelo,
fundadora da Revista P´rá Mesa em www.pramesa.pt
e detentora do Blog Cozinha Com Rosto em www.cozinhacomrosto.pt .