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sábado, 26 de novembro de 2022

Márcia Tayar da Assessoria de Imprensa Press Tayar em Entrevista à Revista P´rá Mesa!

MÁRCIA TAYAR
créditos de imagem: cgiro_fotografia


Márcia Tayar da Assessoria de Imprensa Press Tayar, localizada em São Paulo, Brasil, tem uma vasta experiência na área de comunicação e desenvolve textos como ninguém!

 

«A tecnologia avança a passos largos e as barreiras das distâncias diminuem (…) Os limites técnicos de comunicação estão sendo superados a cada dia (…) A revolução nas comunicações promove a globalização e representa um avanço para a integração mundial.»

(fonte: https://www.melodiaweb.com/373/tecnologia/a-internet-e-a-globalizacao )

E foi assim, pela Internet, que eu e a caríssima Parceira Marcia da Assessoria de Imprensa Press Tayar nos conhecemos, não é fantástico?

Somos de continentes diferentes, mas o nosso intuito é o mesmo: partilhar conhecimento com os outros!

E a gastronomia é ou não é um dos maiores prazeres da vida, bastando sentarmo-nos à mesa para apreciarmos um pouco do que se come por todo o mundo?

Afinal de contas:

- a gastronomia tornou-se, também por influência da própria globalização, ao mesmo tempo num elemento cultural, símbolo de identidade e meio de integração na sociedade

- a alimentação é considerada como uma prática que vai para além do simples ato de comer, ligada por sua vez à construção de toda uma identidade própria, singular e única pertencente a cada grupo social

Vamos então ler a entrevista abaixo, não podendo deixar de agradecer, a Marcia, o facto ter aceitado responder a algumas perguntas acerca de si e do seu projeto, vamos lá?

BRASIL


1. Para começar: o que é afinal jornalismo e qual a sua importância num mundo cada vez mais global?

Márcia Tayar: Vivemos numa época globalizada ao extremo, onde a INFORMAÇÃO virou algo banal. Por isso, penso que o jornalismo verdadeiro é aquele que se pauta sempre na verdade. Não informa apenas, mas ensina. Transforma a comunicação em algo real e fácil de entender. Devido à expansão desacelerada da internet, perdeu-se muito da arte de escrever. Atribuo ao jornalismo a responsabilidade de formar opinião em pessoas cultas e leigas, em jovens e idosos, em ricos e pobres. Para mim, nunca foi apenas uma profissão, mas sim uma paixão a ser vivida e cuidada.

2. E como é que nasceu essa sua vontade de comunicar com os outros?

Márcia Tayar: Quando criança, trocava facilmente uma boneca por um livro. Adolescente, era a oradora da turma. Adulta, tentei seguir outro caminho, mas a COMUNICAÇÃO me achou! Não optei por ela logo de cara, mas de repente, me vi escrevendo e falando publicamente.

3. Que pessoas gostou mais de entrevistar até hoje e porquê?

Márcia Tayar: Já entrevistei pessoas importantes, até mesmo um funcionário público de alto grau. Trabalhei para um jornal brasileiro e lá criamos o CENSO - Caderno Empresarial de Negócios, Serviços e Oportunidades. As pautas eram voltadas para os cuidados com a população mais carente, então conversávamos diariamente com órgãos governamentais e com seus líderes... infelizmente, descobri que a grande maioria deles só tinha interesse pessoal, queriam fama, poder e riqueza. Não se importavam genuinamente com o povo. Desisti deles!

Identifico-me com as pessoas mais simples, aquelas que falam com o coração, que não têm vergonha de ser o que são e buscam sempre melhorar como indivíduos. Aqueles que mesmo tendo pouco, compartilham o que tem. Aqueles que agem como o Bom Samaritano da parábola bíblica, ajudando até quem não conhecem apenas por amor e empatia. No entanto, no mundo corporativo, são poucos os que me fazem gostar do que ouço!

4. Já agora, pode contar qual foi o seu percurso profissional até chegar à criação do seu próprio projeto de uma Agência de Notícias?

Márcia Tayar: Trabalhei por muitos anos ao lado do também jornalista, Said Tayar, com quem fui casada até a sua morte. Com ele aprendi a profissão na prática. Ele amava o que fazia!  Ficou muito doente nos últimos anos de vida e fechamos a agência que tínhamos por mais de 30 anos, Spaya Facts & Communication. Viúva, com mais de cinquenta anos, me vi obrigada a recomeçar... sozinha!

Obs: Quando interrompi minha carreira, o jornalismo era impresso. Quando voltei, era tudo digital!!! Tive de reaprender, literalmente, tudo!

Meu primeiro trabalho, nesse segmento, foi aos 21 anos de idade num jornal da cidade de Guarulhos, grande São Paulo. Desde então, permaneço na área da Comunicação até hoje.

JORNALISTA


5. Outro dia lia aqui https://www.bbc.com/portuguese/media-63204181 que "Jornalista brasileiro da BBC é surpreendido ao vivo na TV por explosões em Kiev". Será que também já passou por alguma situação menos agradável ou receosa?

Márcia Tayar: Vou falar de uma situação atual, desagradável e constrangedora, mas engraçada também relacionada a um cliente da área gastronômica. Marcamos uma coletiva de imprensa para apresentar um novo point na cidade paulistana. Os chefs da casa estavam dando as entrevistas ao vivo, quando um rapaz embriagado se aproximou e disse ser filho do proprietário. A princípio, ninguém acreditou e com muito cuidado o tiramos de lá! Passadas algumas horas, presenciamos uma discussão acalorada... o que estava acontecendo? O tal rapaz embriagado era mesmo quem dizia ser. Porém, o pai não o conhecia! Era a primeira vez que o via.

O rapaz chegou até o evento por meio das notícias veiculadas na mídia.

Naquele momento foi tudo muito difícil. Hoje, virou meme e uma lição ficou clara: a verdade sempre vem à tona e quando a mídia está por perto todo cuidado é pouco!!!

6. E qual a sua opinião sobre a liberdade de imprensa? Por acaso já sentiu algum tipo de pressão nesse sentido?

Márcia Tayar: Acho tudo muito exagerado e tendencioso.

Eu não vivi uma repressão severa, mas meu marido foi até preso por causa disso nos anos 70!

7. Aqui https://abraji.org.br/noticias/abraji-e-farol-olham-para-desafios-do-jornalismo-no-brasil-em-2022  pode ler-se que o "cenário que se desenha para os jornalistas brasileiros em 2022" é "Um ano em que a exaustão, após dois anos da pandemia de covid-19 e de sucessivas crises políticas, não poderá ditar o ritmo do trabalho jornalístico, cada vez mais precarizado. E, em meio a tantos desafios, o próximo ano aponta ainda para o fortalecimento das iniciativas independentes e do empreendedorismo dos profissionais". Concorda? E que tipo de conselho gostaria de dar a alguém que está a iniciar agora uma carreira na mesma área profissional?

Márcia Tayar: Concordo totalmente. Nesse tempo de pós-pandemia que, na verdade, ainda não acabou, soma-se os fatores que apontei acima como a disseminação de informação de péssima qualidade na internet que, muitas vezes, parece terra de ninguém, e cada vez fica mais óbvio que só sobreviverá no mercado quem souber se adaptar sem perder o caráter e a garra.

O povo brasileiro é por si só, muito criativo. Os verbos REINVENTAR e RESSIGNIFICAR estão sempre diante de mim!

Meu conselho para qualquer estudante que queira seguir carreira em qualquer área é: SÓ INVISTA NO QUE VOCÊ GOSTA E ACREDITA. VOCÊ SÓ FARÁ A DIFERENÇA SE REALMENTE AMAR O QUE FIZER!

REVISTA P´RA MESA
créditos de imagem: Pixabay

8. No que diz respeito ao tema da gastronomia no Brasil, qual é que será, para si, o menu mais tipicamente brasileiro e que Chef de Cozinha é que gostaria de convidar para o confecionar na sua casa e porquê?

Márcia Tayar: Dentre outros, creio que FEIJOADA é o prato que mais agrada ao brasileiro. Eu, pelo menos, amoooo!

Existem alguns chefs que admiro demais. Um deles é André Boccato. Poderia citar também, Rita Lobo, Alex Atala, Carlos Bertolazzi, além de Claude Troisgros que não é brasileiro, mas é encantador!

9. E será que o Brasil voltará a ser o "país do futuro" com o resultado das eleições presidenciais?

Márcia Tayar: Prefiro não falar sobre política pois não gosto do tema.

Falando, porém, apenas do Brasil, amo esse país de gente trabalhadora, hospitaleira e guerreira.

Somos o segundo menor salário mínimo, da América Latina, com uma média de US$ 2,2 por hora.😪

10. Para terminar: o que recomenda visitar e degustar no seu país?

Márcia Tayar: O Brasil é um país potencialmente turístico, possui grande diversidade cultural, além de belezas exuberantes em algumas regiões.

De modo bem simples, eu diria que a cidade de São Paulo é a capital gastronômica do país. Aqui temos um pouco de tudo. Um dos locais mais procurados pelo paulistano são as churrascarias.

É raro, entretanto, encontrar um brasileiro raiz, ou seja, somos oriundos de várias raças, uma verdadeira miscigenação, e por isso, amamos degustar os mais diferentes pratos.

Culturalmente também, acontece algo inusitado: um dos nossos maiores prazeres é comer e é impossível convidar alguém à sua casa ou vice-versa sem servir alguma coisa gostosa!

A cidade de São Paulo é ainda conhecida por seus inúmeros museus e pontos de cultura.

 Mas, se o turista quiser praticar o ecoturismo que é um dos nossos carros chefes, por assim dizer, em cada estado encontrará algo para o encantar!

Por exemplo, em São Paulo temos a ILha Bela, um arquipélago no litoral norte paulista formado por 15 ilhas, 40 praias e 360 cachoeiras, aproximadamente. Cerca de 80 por cento de sua área é coberta pela vegetação da Mata Atlântica.

Na Bahia, dentre tantos lugares que se destacam, indico a Chapada Diamantina. Um dos destinos de ecoturismo mais exuberantes do país dentro de seus 70 mil km de metros quadrados.

No estado de Goiás, encontramos a Chapada dos Veadeiros que oferece uma vastidão de fauna e flora.

Em Pernambuco, destaco Fernando de Noronha que é chamado de "O Caribe Brasileiro"!  Conta com algumas das praias mais bonitas do mundo inteiro, com águas extremamente cristalinas e mornas, ideais para mergulho, e onde você pode observar a presença da fauna marinha mais exuberante do nosso país, que incluem diversas espécies de peixes, golfinhos, corais, arraias e tartarugas, entre outros.

No Rio de Janeiro, menciono suas praias lindíssimas e o Parque Nacional do Itatiaia. Primeiro e mais antigo Parque Nacional do Brasil, o Itatiaia é um dos melhores pontos do país para praticar esportes como trekking e montanhismo, pois, fazendo parte da grandiosa região da Serra da Mantiqueira, conta com alguns dos mais altos picos brasileiros em um território que abrange 300 mil metros quadrados, se estendendo desde o estado do Rio de Janeiro até Minas Gerais e sua divisa com São Paulo.

MÓNICA REBELO
créditos de imagem: Ilhabela, litoral de São Paulo


                                                  Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa.

2 comentários:

  1. Muito obrigada. Amei a matéria!

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    1. Eu é que agradeço a sua vontade de partilhar ideias e conhecimentos tão importantes para todos nós!
      Cumprimentos,
      Mónica Rebelo,
      fundadora da Revista P´rá Mesa em www.pramesa.pt
      e detentora do Blog Cozinha Com Rosto em www.cozinhacomrosto.pt .

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