A Revista P´rá Mesa entrou no já reconhecido por peritos e situado numa das ruas mais movimentadas e chiques da Urbanização das Colinas do Cruzeiro, o Restaurante Culina, e falou com o Chef Rui Lopes!
Para começar, imagine-se, meu caro leitor, que estamos os
dois confortavelmente sentados à mesa de um privilegiado restaurante localizado
em Lisboa, mas não necessariamente na cidade de Lisboa, a saborear algo
tipicamente português, ainda que com um certo twist do Chef, tal como é referido pelo próprio:
(Pudim Abade Priscos)
“Os nossos pratos são
tradicionais, mas com algum twist, com alguma diferença, primando se calhar
pelo condicionamento, pelas técnicas que são um pouco mais avançadas do que se
calhar em alguns restaurantes aqui das redondezas, mas, de resto, a nossa
cozinha é simples…”
Ou seja: tudo parece convergir para uma agradável surpresa de bem-estar e prazer à mesa com q. b. de inovação e dinamismo, elevando, assim, a qualidade dos pratos tradicionais portugueses!
(Farófias)
“Não sigo tendências, pois eu faço porque eu acho que é bom e em Portugal nós temos produtos que são muito bons, e eu acho que temos de valorizar o que é nosso, pois caso contrário nós não evoluímos, a nossa economia não evolui…”
Na verdade, um conceito único e vibrante aos nossos olhos e papilas gustativas, aliado, por sua vez, a um ambiente acolhedor que transparece simplicidade, faz com que todo o espaço de restauração se destaque pela positiva, cativando os clientes, mesmo sendo localizado nos arredores de Lisboa: “a ementa: vou alterando conforme as viagens que tenho feito, as influências que tenho tido…”
(Espetada Mirandesa em Pau de Louro, Migas de Batata e Couve)
E criar um bom produto, obviamente que pode ser o suficiente para começar qualquer tipo de negócio lucrativo, mas importa não esquecer que, na cozinha, há que adicionar ainda aquele ingrediente especial: o amor pela profissão!
Todos nós sabemos o quanto é que trabalhar na área da
restauração exige em termos de esforço e ritmo de trabalho, para além de
múltiplas capacidades ao nível do saber ouvir e do saber trabalhar em equipa,
pressupondo uma atenção constante!
(Apanha da Semana - Pregado - Polenta Frita e Bisque com Feijão Verde)
No caso do Chef Rui Lopes, por exemplo, o mesmo contou que
começou a ganhar o verdadeiro gosto por cozinhar quando ainda era uma criança e
com a sua avó, fazendo aquelas receitas tradicionais de família durante a
Páscoa ou o Natal, como as filhoses, o arroz doce…
Mais tarde, foi a vez de escolher o curso para, por fim, terminar o
ensino secundário em 2014 e depois prosseguir viagem como, por exemplo,
estagiário do reconhecido Chef Cordeiro, entre outros tipos de experiências
profissionais, que igualmente ajudaram a cimentar hábitos e a ganhar
conhecimentos importantes às atuais tarefas diárias…
“E depois apareceu este sítio aqui com o qual me identifiquei e tive a oportunidade de em que já estava como chefe de um espaço em Lisboa e eu tinha algum pé de meia e investi aqui com a minha mulher, e está a correr tudo bastante bem.”
No que diz respeito aos pratos mais pedidos pelos clientes,
temos os seguintes: a Posta Mirandesa DOP, o Cabrito Serrano Transmontano DOP e
o Arroz Malandro de Costelinhas em Vinha d 'Alho.
Portanto, tal como podem conjeturar comigo, quanto aos fornecedores do restaurante a ver com os produtos do setor da carne, todos eles são maioritariamente oriundos do Norte de Portugal, ou então da costa portuguesa, no caso específico do peixe.
Passando-se agora à questão do espaço propriamente dito, fiquei a saber, em conversa com o Chef Rui Lopes que, na sala interior, existem cerca de 32 lugares, enquanto que, no sítio da esplanada exterior, existem cerca de 16 lugares.
“A decoração, fui eu e
a minha mulher, em quase tudo (...) estes troncos aqui, fomos comprar
diretamente a uma serração (...) fomos lá diretamente, procurámos o produto,
vimos que tratamento é que era necessário fazer…
Estes troncos são para
colocar a mala das senhoras ou um frapé…”
Acho que é um pormenor interessante…”
Os clientes habituais costumam residir perto, mas também
podem ser oriundos de outros locais mais distantes, derivado sobretudo ao “passa-palavra”,
comprovando-se, mais uma vez, que a qualidade dos pratos é uma das principais
razões que leva a que parte dos amigos ou familiares de quem visita o
restaurante queira também experimentar, não podendo esquecer-se da riquíssima
Carta dos Vinhos, contendo um certo toque aprimorado de Vinhos Brancos, Rosés,
Tintos, Verdes e Espumantes!
“Temos vinhos de
culturas mais pequenas ou que não estejam no supermercado…
Na Carta de Vinhos,
temos 44 referências (...), mas é mais do que sobra para o nosso conceito,
sendo que se vão adequando (...) com os pratos, como: Vinhos das Ilhas,
Trás-os-Montes, além do Douro e do Alentejo, que é o que mais procuram…”
Para finalizar, acrescente-se que este restaurante abriu as suas portas, para grande espanto de alguns, em abril de 2019, logo a poucos meses da pandemia se instalar de norte a sul do país: “no início, com a pandemia, foi bastante complicado, foi um pouco assustador, porque tínhamos apenas um ano disto…”
E numa altura em que a pandemia parece já ter terminado, o que é falso, a situação considera-se felizmente ultrapassada e no caminho certo, embora ainda com algumas «pedras no sapato», tal como tantos outros restaurantes, cafés ou hotéis que continuam a queixar-se, por aí, de falta nomeadamente de mão-de-obra, quer seja especializada ou não, quer seja portuguesa ou estrangeira.
Por isso, já sabe: seja o próximo a deslocar-se até ao Restaurante Culina, localizado na Urbanização Colinas do Cruzeiro em Odivelas, Lisboa, entre terça-feira a sábado, desde as 12h e as 15h ou entre as 19h e as 23h, combinado?
(Alentejana de Polvo - Polvo com Pickles e Lingueirão)
Restaurante Culina - Cozinha Portuguesa
Morada: Rua Pulido Valente, n°14, loja 1, 2675-672, Odivelas
Sem comentários:
Enviar um comentário