terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Natacha Labastia do projeto Umami Homemade em Entrevista à Revista P´rá Mesa!

Se aqui dei a conhecer um projeto localizado em Lisboa a ver simplesmente com a sobremesa mais famosa de Itália, o tiramisu, hoje vai ser a vez de lhe falar, meu caro leitor, de um projeto de Braga a ver com algo igualmente típico de Itália: o molho Pesto!

 

Pesto é um molho italiano, originário de Gênova, na Ligúria, norte da Itália. É composto tradicionalmente de folhas de manjericão moídas com pinhões (pinoli) de Pinus pinea, alho e sal, queijo parmesão ou pecorino ralados e no fim misturados com azeite extra virgem e temperado com pimenta preta.” 

(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesto)

Na verdade: quem é que não aprecia uma boa pasta italiana?! Ou um bom risoto? Ou… uma boa pizza? Ou ainda… uma boa lasanha?

Mamma mia… que delícia!!

A Itália possui uma das culinárias mais ricas do mundo, cujos principais pratos típicos italianos incluem as suas massas, mas graças também ao tipo de ingredientes utilizados e respetivos costumes que enriquecem toda uma história!

E foi à procura dessa mesma história que eu resolvi propor uma entrevista à caríssima Natacha Labastia do projeto Umami Homemade, que faz pestos como ninguém!

Vamos a isso?

1)     Para começar, como aqui está escrito que “a Umami Homemade é uma marca de produtos artesanais, versáteis e saudáveis, sem adição de conservantes ou corantes artificiais”, podia então explicar melhor que tipo de produtos é que são e que tipo de características é que têm em especial, tornando-os diferenciadores no mercado?

Natacha Labastia: Na Umami Homemade trabalhamos com pestos de diferentes sabores e conservas. Nossos produtos são pensados para serem práticos e versáteis, de modo a facilitar as refeições cotidianas, uma vez que estão prontos a consumir. Os nossos pestos, diferente das conservas, são produzidos mediante encomenda, pois entendemos que um produto fresco proporciona ao cliente uma experiência diferenciada.  Ainda, o trabalhar sob encomenda nos propicia uma produção mais consciente e responsável com o meio ambiente, de modo a evitar o desperdício de alimentos e gasto de energia elétrica, por exemplo. Nesse viés, nossa empresa prioriza a matéria-prima local vinda da agricultura familiar. Por último, mas não menos importante, criamos a nossa campanha de devolução dos frascos, com o objetivo de reutilizá-los na confeção de futuros produtos, e como estímulo aos nossos clientes, damos descontos na próxima compra para quem os devolver.

2)     E porquê integrar produtos vegan?

Natacha Labastia:  A Umami foi construída em cima de pilares que regem o respeito com a natureza, considerando isso, a Umami se identifica e apoia a causa vegan. Outro pilar que nos rege enquanto empresa é a praticidade e sabor nas refeições, e isso deve estar ao alcance de toda a gente.

3)     Por acaso pratica algum tipo de dieta alimentar em especial?

Natacha Labastia:  Algum tempo atrás, eu Natacha, comecei a me informar sobre o impacto das nossas escolhes no meio ambiente, dessa forma comecei a fazer mudanças nas minhas escolhas alimentícias, como deixar de consumir carne vermelha e frango. No entanto, nesse processo ainda consumo, em pequena quantidade, peixes, alguns frutos do mar, ovos e queijo. Digo que sou uma flexitariana.

4)     Mas, afinal, como é que tudo começou e qual o significado do nome “umami”?

Natacha Labastia:  A Umami surgiu em Braga, em novembro de 2020, em meio a pandemia da Covid-19. A ideia era que as pessoas pudessem ter acesso a produtos práticos, versáteis e com sabores únicos, que facilitassem a preparação de uma refeição saborosa. O termo "umami" sempre nos agradou, seja pela sonoridade da palavra ou pelo seu significado, que é o "quinto sabor" para além do doce, do salgado, do amargo e do azedo. Esse termo dialoga com o objetivo que temos para os nossos produtos: um quê a mais no sabor, um sabor diferenciado. Além disso, para a produção dos nossos produtos, utilizamos técnicas e ingredientes que proporcionam o gosto umami.

5)     No que diz respeito aos ingredientes utilizados nas suas receitas, qual a sua origem e se pensa em (re)criar mais produtos?

Natacha Labastia:  Priorizamos insumos de produtores locais para nossos produtos, contribuindo assim para a economia local e nacional. Trabalhamos com alguns sabores de pestos sazonais, que são desenvolvidos de acordo com a oferta da estação ou de forma a favorecer o seu uso em um determinado período do ano. Uma das metas da Umami é aumentar a gama de produtos, procurando sempre trazer novidades para os nossos clientes. No entanto, hoje a Umami dispõe de deliciosos pestos e conservas.

6)     Que tipo de clientes é que costuma adquirir produtos seus e quais é que têm sido ao mais vendidos?

Natacha Labastia:   Nosso público é diversificado em termos de idade, regime alimentar (vegetarianos, veganos e pessoas com consomem carne), e até mesmo locais onde residem, temos clientes para além de Braga, como Porto e Lisboa. De forma geral, nossos clientes são aquelas pessoas que se identificam com os valores da Umami e com o nosso comprometimento e respeito com a natureza. Entre todos os nossos produtos, o pesto mais vendido é o de manjericão, e das conservas é o tomate confitado fumado picante.

7)     E tendo em conta a sua naturalidade, como é que foi mudar de país e como é que avalia agora a sua experiência de vida em Portugal?

Natacha Labastia: Quando eu decidi deixar o meu país em prol uma experiência de vida diferente, as primeiras sensações foram extremamente antagónicas, de um lado o receio de "trocar o certo pelo duvidoso" e do outro toda aquela ansiedade e expectativa pelo que viria. Estar "longe de casa" é conviver constantemente com a saudade intensa, com o desapego, os desafios, a adaptação, as dúvidas e o medo. Em contrapartida, essa mudança também traz muitos ganhos: é uma viagem de autoconhecimento e aprendizado, é uma chance de medir suas capacidades, sem falar da oportunidade de se reinventar e começar tudo de novo. Eu vim profundamente disposta a conhecer e vivenciar uma nova cultura, uma nova vida e, nesse sentido, eu conquistei uma resiliência enorme, experiências inesquecíveis e amizades maravilhosas em Portugal.

8)     Já agora: podia indicar algumas receitas, ou então algumas dicas de utilização, para cada um dos seus produtos?

Natacha Labastia:  Nossos produtos são realmente versáteis e fáceis de usar. Tanto os pestos como as conservas podem acompanhar uma simples tosta até um prato mais elaborado. Nas nossas redes sociais, como o Instagram (https://www.instagram.com/umami.homemade), colocamos sempre sugestões de utilização e também algumas receitas utilizando os nossos produtos: são entradas, sandes, massas, risotos, saladas. Tudo é possível!

9)     Quais as suas principais expectativas para um futuro mais ou menos próximo e se gostaria de ter também um espaço físico próprio?

Natacha Labastia:  Num futuro próximo, queremos estar presentes à nível nacional. Os nossos produtos podem ser enviados para todo o país, porém as opções de envio para os pestos não são as mais viáveis, uma vez que se faz necessário o transporte refrigerado por ser um produto fresco. Essa condição encarece o seu envio. No sentido de mudarmos essa situação, temos algumas parcerias encaminhadas, com o objetivo de termos pick-up points em várias zonas de Portugal. Uma das metas a médio prazo da Umami, é abrir uma loja física, para que possamos estar cada mais próximos dos nossos clientes.

10)  Para finalizar: como é que as pessoas podem adquirir produtos seus?

Natacha Labastia:  É muito fácil nos contactar para adquirir os produtos da Umami, basta aceder as nossas redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp). Lá estarão disponíveis o nosso menu e o preço dos nossos produtos. Em caso de dúvida basta enviar-nos uma mensagem e esclarecemos todas as questões que possam surgir. Na cidade de Braga e região, nós levamos os nossos produtos até o cliente. Para outras localidades, há a possibilidade de envio para toda Portugal Continental.

 


 (texto escrito por Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa)

 

 

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