Se aqui dei a conhecer um projeto localizado em Lisboa a ver simplesmente com a sobremesa mais famosa de Itália, o tiramisu, hoje vai ser a vez de lhe falar, meu caro leitor, de um projeto de Braga a ver com algo igualmente típico de Itália: o molho Pesto!
“Pesto é um molho italiano, originário de Gênova, na Ligúria, norte da Itália. É composto tradicionalmente de folhas de manjericão moídas com pinhões (pinoli) de Pinus pinea, alho e sal, queijo parmesão ou pecorino ralados e no fim misturados com azeite extra virgem e temperado com pimenta preta.”
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesto)
Na verdade: quem é que não
aprecia uma boa pasta italiana?! Ou um bom risoto? Ou… uma boa pizza?
Ou ainda… uma boa lasanha?
Mamma mia… que delícia!!
A Itália possui uma das
culinárias mais ricas do mundo, cujos principais pratos típicos italianos incluem
as suas massas, mas graças também ao tipo de ingredientes utilizados e respetivos
costumes que enriquecem toda uma história!
E foi à procura dessa mesma
história que eu resolvi propor uma entrevista à caríssima Natacha
Labastia do projeto Umami Homemade, que faz pestos como
ninguém!
Vamos a isso?
1) Para começar, como aqui está escrito que “a Umami Homemade é uma marca de produtos artesanais, versáteis e saudáveis, sem adição de conservantes ou corantes artificiais”, podia então explicar melhor que tipo de produtos é que são e que tipo de características é que têm em especial, tornando-os diferenciadores no mercado?
Natacha Labastia:
Na Umami Homemade trabalhamos com pestos de diferentes sabores e conservas.
Nossos produtos são pensados para serem práticos e versáteis, de modo a
facilitar as refeições cotidianas, uma vez que estão prontos a consumir. Os
nossos pestos, diferente das conservas, são produzidos mediante encomenda, pois
entendemos que um produto fresco proporciona ao cliente uma experiência
diferenciada. Ainda, o trabalhar sob encomenda
nos propicia uma produção mais consciente e responsável com o meio ambiente, de
modo a evitar o desperdício de alimentos e gasto de energia elétrica, por
exemplo. Nesse viés, nossa empresa prioriza a matéria-prima local vinda da
agricultura familiar. Por último, mas não menos importante, criamos a nossa
campanha de devolução dos frascos, com o objetivo de reutilizá-los na confeção
de futuros produtos, e como estímulo aos nossos clientes, damos descontos na
próxima compra para quem os devolver.
2) E porquê integrar produtos vegan?
Natacha Labastia:
A Umami foi construída em cima de
pilares que regem o respeito com a natureza, considerando isso, a Umami se
identifica e apoia a causa vegan. Outro pilar que nos rege enquanto empresa é a
praticidade e sabor nas refeições, e isso deve estar ao alcance de toda a
gente.
3) Por acaso pratica algum tipo de dieta alimentar em especial?
Natacha Labastia:
Algum tempo atrás, eu Natacha,
comecei a me informar sobre o impacto das nossas escolhes no meio ambiente, dessa
forma comecei a fazer mudanças nas minhas escolhas alimentícias, como deixar de
consumir carne vermelha e frango. No entanto, nesse processo ainda consumo, em
pequena quantidade, peixes, alguns frutos do mar, ovos e queijo. Digo que sou
uma flexitariana.
4) Mas, afinal, como é que tudo começou e qual o significado do nome “umami”?
Natacha Labastia:
A Umami surgiu em Braga, em novembro de
2020, em meio a pandemia da Covid-19. A ideia era que as pessoas pudessem ter
acesso a produtos práticos, versáteis e com sabores únicos, que facilitassem a
preparação de uma refeição saborosa. O termo "umami" sempre nos
agradou, seja pela sonoridade da palavra ou pelo seu significado, que é o
"quinto sabor" para além do doce, do salgado, do amargo e do azedo.
Esse termo dialoga com o objetivo que temos para os nossos produtos: um quê a
mais no sabor, um sabor diferenciado. Além disso, para a produção dos nossos
produtos, utilizamos técnicas e ingredientes que proporcionam o gosto umami.
5) No que diz respeito aos ingredientes utilizados nas suas receitas, qual a sua origem e se pensa em (re)criar mais produtos?
Natacha Labastia:
Priorizamos insumos de produtores
locais para nossos produtos, contribuindo assim para a economia local e
nacional. Trabalhamos com alguns sabores de pestos sazonais, que são
desenvolvidos de acordo com a oferta da estação ou de forma a favorecer o seu
uso em um determinado período do ano. Uma das metas da Umami é aumentar a gama
de produtos, procurando sempre trazer novidades para os nossos clientes. No
entanto, hoje a Umami dispõe de deliciosos pestos e conservas.
6) Que tipo de clientes é que costuma adquirir produtos seus e quais é que têm sido ao mais vendidos?
Natacha Labastia:
Nosso público é diversificado em
termos de idade, regime alimentar (vegetarianos, veganos e pessoas com consomem
carne), e até mesmo locais onde residem, temos clientes para além de Braga,
como Porto e Lisboa. De forma geral, nossos clientes são aquelas pessoas que se
identificam com os valores da Umami e com o nosso comprometimento e respeito
com a natureza. Entre todos os nossos produtos, o pesto mais vendido é o de
manjericão, e das conservas é o tomate confitado fumado picante.
7) E tendo em conta a sua naturalidade, como é que foi mudar de país e como é que avalia agora a sua experiência de vida em Portugal?
Natacha Labastia:
Quando eu decidi deixar o meu país em prol uma experiência de vida
diferente, as primeiras sensações foram extremamente antagónicas, de um lado o
receio de "trocar o certo pelo duvidoso" e do outro toda aquela
ansiedade e expectativa pelo que viria. Estar "longe de casa" é conviver
constantemente com a saudade intensa, com o desapego, os desafios, a adaptação,
as dúvidas e o medo. Em contrapartida, essa mudança também traz muitos ganhos:
é uma viagem de autoconhecimento e aprendizado, é uma chance de medir suas
capacidades, sem falar da oportunidade de se reinventar e começar tudo de novo.
Eu vim profundamente disposta a conhecer e vivenciar uma nova cultura, uma nova
vida e, nesse sentido, eu conquistei uma resiliência enorme, experiências
inesquecíveis e amizades maravilhosas em Portugal.
8) Já agora: podia indicar algumas receitas, ou então algumas dicas de utilização, para cada um dos seus produtos?
Natacha Labastia:
Nossos produtos são realmente
versáteis e fáceis de usar. Tanto os pestos como as conservas podem acompanhar
uma simples tosta até um prato mais elaborado. Nas nossas redes sociais, como o
Instagram (https://www.instagram.com/umami.homemade), colocamos sempre
sugestões de utilização e também algumas receitas utilizando os nossos
produtos: são entradas, sandes, massas, risotos, saladas. Tudo é possível!
9) Quais as suas principais expectativas para um futuro mais ou menos próximo e se gostaria de ter também um espaço físico próprio?
Natacha Labastia:
Num futuro próximo, queremos estar
presentes à nível nacional. Os nossos produtos podem ser enviados para todo o
país, porém as opções de envio para os pestos não são as mais viáveis, uma vez
que se faz necessário o transporte refrigerado por ser um produto fresco. Essa
condição encarece o seu envio. No sentido de mudarmos essa situação, temos
algumas parcerias encaminhadas, com o objetivo de termos pick-up points em
várias zonas de Portugal. Uma das metas a médio prazo da Umami, é abrir uma
loja física, para que possamos estar cada mais próximos dos nossos clientes.
10) Para finalizar: como é que as pessoas podem adquirir produtos seus?
Natacha Labastia:
É muito fácil nos contactar para
adquirir os produtos da Umami, basta aceder as nossas redes sociais (Instagram,
Facebook e WhatsApp). Lá estarão disponíveis o nosso menu e o preço dos nossos
produtos. Em caso de dúvida basta enviar-nos uma mensagem e esclarecemos todas
as questões que possam surgir. Na cidade de Braga e região, nós levamos os
nossos produtos até o cliente. Para outras localidades, há a possibilidade de
envio para toda Portugal Continental.
(texto escrito por Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa)
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