P´RÁ MESA: Restaurante 1143 em Vale da Pinta, Cartaxo.

Hoje levo os leitores a um excelente restaurante situado em Vale da Pinta no Cartaxo, apenas a cerca de 75 km de Lisboa, 150 Km de Coimbra, 250 km do Porto e 310 km de Faro.

Neste estabelecimento, o leitor poderá saborear iguarias únicas confecionadas pelo extraordinário Chef Luís Jesus. Sim, extraordinário. Como já tenho feito referência em outros artigos, aconselho estabelecimentos, produtos e pessoas de exceção. Pese os encontros e desencontros nas nossas vidas, sempre gostei de valorizar quem, de facto, tem valor. Quem ao trabalhar comigo demonstrou sem quaisquer sombras de dúvida conhecimentos, experiência e profissionalismo.

Foi com pessoas profissionais e extraordinárias, como este Chef que consegui, muitas vezes, prestar um serviço de excelência. Desengane-se quem pensa que pode trabalhar sozinho e sem reconhecer mérito a quem o merece. Não só o reconheço como sigo o caminho de muitos profissionais pelo país fora, fazendo-me sentir muito contente pelo que eles vão alcançando ao longo da vida com persistência, esforço e mudanças próprias de quem quer singrar nesta área de atividade.

O restaurante 1143, em Vale da Pinta, oferece propostas bastante irreverentes. Um dos pratos é uma bola de Berlim tradicional com recheio de santola e um toque de alga nori, e sim, leva açúcar.

Os pastéis de massa tenra são um dos destaques: simples e crocantes, onde o sabor fala pelos seus avós.

Apesar de tantos tutores, eu tenho de atribuir esse papel ao chef Chakall. Juntos, colaboramos em diversos projetos, como o Prime Beach Club, no Algarve, e o Luz by Chakall, em Benfica (Lisboa).

A 18 de outubro decidi embarcar numa aventura que andei a idealizar durante seis anos. Chama-se 1143 e é a minha independência, daí o nome do espaço. O restaurante situado em Vale da Pinta, uma freguesia no Cartaxo, é gerido por mim, mas também conto com a ajuda da namorada (Filipa Fernandes) que me deu muito apoio.

No início, foi uma loucura, mas tinha a necessidade de perceber até onde é que conseguia ir. Fora dos projetos do Chakall, trabalhei com o Ljubomir, José Cordeiro, Luis Baena, Benoit Sinthon, entre outros nomes de relevo nacional. A nível Internacional, viajei por Angola, onde assumi um mega projeto Mangais Golf Club, como gerente e chefe executivo. No entanto, esta é a primeira vez que não tenho ninguém acima de mim, o espaço é da minha inteira responsabilidade.

Abrir naquela pequena localidade, também foi um risco, porque, ali, “não existe quase nada”, e os espaços como aquele eram, até outubro, nulos. Mesmo assim, tive uma primeira semana “fortíssima”, e desde então trabalho para manter o foco e cativar os clientes. Além disso, Filipa é natural dali e, no passado, era ela que sempre o acompanhava para os diferentes destinos onde trabalhava.

Nalgumas propostas mais insólitas, juntei aqueles pratos mais típicos de um Portugal com passado gastronómico. Um dos meus favoritos é a bola de Berlim com santola e alga nori, onde é o mais amado e odiado, e foi inspirado pelo chef Luís Baena. A francesinha, também viajou do norte para o cartaxo, mas com um molho “arribatejanado”. A nossa açorda fina de camarão é um dos pratos mais requisitados, por ser bastante saborosa.

A carta foi totalmente pensada para este tipo de projeto, queria comida com bases e molhos fortes. No início é difícil, porque os clientes não compreendem, mas atualmente já é um dos spots a visitar nesta região.

Em breve iremos ter um menu com estrutura mais “bairrista”, onde se pode escolher um peixe ou uma carne simplesmente, os petiscos estarão lá sempre, mas com outro tipo de destaque. Será um menu mais acessível para oferecer oportunidade a todos.