Gigalucros?
As
gerações Millennials e Zen e os recem-formados, têm valores de quem cresceu numa era inteiramente
digital. Muito influenciados pelos dramáticos efeitos climáticos e
de poluição, amam a natureza, evitam museus e muitos turistas, querem belas e
calmas paisagens para que a sua mente possa, no trabalho, focar no vital, no lógico e no que é o mais difícil para
todos no mundo das generalizações, as particularidades
do seu público-alvo. Querem viver com
alguma aventura e bastante segurança. Querem encontrar ao vivo pessoas com uma cultura distinta da sua, pois
já o fazem na net. Percebem os fake-news
e as informações fora do contexto melhor do que muitos experts.
Portugal tem enorme
potencial em atraí-los por longas temporadas e até mesmo para a segunda casa
por cá. Temos ótimos aeroportos a curta distancia de locais paradisíacos, pessoas
que os recebem de braços abertos,
gastronomia e vinhos a ótimos preços, uma cultura única, onde a maioria da
população fala Inglês e até outras línguas. Temos serras, campos, charnecas e este giga-mar.
A Madeira já começou a se organizar para
recebê-los. Evitam hotéis, querem ficar em Alojamento Local, em contacto com as
famílias, às vezes em co-working. Eles
adoram caminhar, voar, ciclar, nadar, surfar, velejar, mergulhar - adoram o mar! Os Açores têm um enorme potencial, com aeroporto internacional
em Porta Delgada e Terceira, mas também boa comunicação com São Jorge, Pico e
não só.
Outros locais com megapotencial:
Milfontes, Aljezur, Figueira da Foz
e, sobretudo as Ilhas Selvagens. Aí
a lei terá que ser modernizada e permitir, próximo ao porto, um AL, um
restaurante e pouco mais.
Os Nomadas-digitais
evitam carne de vaca e de porco, adoram o nosso pescado, marisco, as açordas, os doces conventuais (menos doce). Preferem as tascas, os cafés da esquina,
os artesanatos locais. Ganham muito e deixam muito, pois aí é que se sentam
úteis e inspirados. Ao contrário dos turistas, vêm cá no Outono e no Inverno,
quando há ociosos barcos e equipamentos náuticos. Querem ver aves a nidificar,
golfinhos, baleias, participar da pesca, Ao contrário de muitos turistas, gostam de
regressar com frequência onde deixaram amigos, e o fazem facilmente em
Portugal.
Os mais maduros começam a arrendar e até comprar por cá uma segunda
habitação. Percebem que é um bom investimento, seguro, pois sabem que a procura
por estes paraísos vai aumentar mais que a oferta. Já foram a outros paraísos
distantes, como a Tailândia, Patagónia, Costa Rica.
Portugal é para
regressar - é o MAR!
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