O tempo presente
Este ano sinto-me contagiada. Curiosamente, ou talvez não, é a espiritualidade que me está a dar esse ímpeto.
Estamos na primavera
e o bom tempo parece estar a instalar-se. Esta estação do ano propicia e é escolhida por muitos para limpezas,
arrumações e renovações.
O plano está
definido, levantar cedo, começar por organizar e fazer um inventário da
despensa e depois seguir para os quartos e para as roupas.
E ao invés de tirar
uma carta de tarot para me orientar (poderia perguntar o que devo fazer,
priorizar nestes dias após a Páscoa, como aproveitar melhor ou o que preciso mudar
na minha vida), abri a “Sabedoria do
Oráculo" e o “Oráculo Espírito
dos Animais”. Procurei as cartas que
podem falar sobre estes temas, para me sintonizar com a energia do que já sei
que preciso e quero - praticar o desapego e ser mais organizada.
O primeiro passo é limpar e acabar com a confusão.
Por vezes, damos por
nós com as nossas casa e horários atravancados de objetos e de compromissos.
Mantê-los leva de nós tempo e energia. Às vezes, já nem sabermos porque razão
os arranjámos ou até já estamos arrependidos de o ter feito. O mesmo se passa
com os relacionamentos.
O segundo passo é
livrarmo-nos do que não nos faz falta ou não nos faz felizes.
Para darmos lugar ao novo, temos de abrir espaço, desfazer-nos do que é velho e já não nos serve, para que tudo possa fluir de forma natural e sem esforço.
O espírito da rã, é
uma carta (ver primeira imagem) que vem dizer-nos “arruma a tua casa, arruma a tua vida”, faz uma
limpeza no teu o espaço físico, na tua mente e no teu corpo.
Há um tempo para tudo e o tempo agora é para ir embora ou deixar ir.
O que é que nos trava? Porque
nos agarramos tanto a objetos físicos que não usamos e que no presente momento
não nos fazem falta? É medo de passarmos por escassez num futuro que talvez
nunca chegue? São as recordações que estes nos trazem? Recordações da pessoa
que fomos e já não somos mais? Recordações de pessoas que por um motivo ou por
outro já partiram da nossa vida? Ou será por culpa que até carregarmos coisas
que nem sequer nos pertencem?
É importante tomarmos
consciência que não devemos tentar fazer tudo e mais alguma coisa. Que não
podemos carregar nos nossos nenúfares os fardos dos outros. Mais cedo ou mais
tarde, o nosso nenúfar afundará com tanto peso.
E assim, com a nossas vidas mais simples e mais leves somos mais felizes para viver no aqui e agora que é tudo o que temos, com a confiança que teremos sempre tudo o que precisamos.
(fonte das imagens: "Sabedoria do Oráculo" e o “Oráculo
Espirito dos Animais” de Colete Baron-Reid)
(texto escrito por Nilza Luz, fundadora da Revista P´rá Mesa)
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