Fique a saber como é que tudo aconteceu com o Projeto da Miss Pavlova de Ana Maio!
"O sucesso depende em grande parte de iniciativa pessoal e esforço, e não pode ser adquirido exceto à força de trabalho", já dizia a bailarina russa. Anna Matveyevna Pavlova, que foi quem fascinou o mundo da dança entre o fim do século XIX e o início do século XX. E a sobremesa intitulada de pavlova, tendo por base um merengue crocante e um recheio cremoso, foi, portanto, uma linda homenagem feita ao seu incrível talento, cuja inspiração terá sido a sua leveza a dançar, tal como dizem os mais entendidos!
Vamos então ficar a conhecer, uma marca de requinte, mas também de grande sucesso no Porto, pelas mãos de Ana Maio, a Miss Pavlova, que, “em plena crise de 2013, quando ficou desempregada, decidiu mudar de vida e seguir a sua paixão”, tal como está mencionado em www.misspavlova.pt
E posso já adiantar-lhe, meu caro leitor, que, pela minha
própria experiência de degustação, em plena loja da Miss Pavlova – Maison
no número 43 da Rua do Infante D. Henrique, na Ribeira do Porto, durante
a tarde de domingo do passado dia 19 de fevereiro de 2023, foi simplesmente
divinal sentir cada garfada retirada de uma bela fatia de Pavlova de
Tiramissu, algo doce o quanto baste, mas também de toque bastante suave e
delicado.
Mais tarde, ainda tive oportunidade de deliciar-me com uns fofos e ternurentos Macarrons dos seguintes sabores: natas do céu, mirtilo, duplo caramelo, chocolate e caramelo, baunilha e caramelo.
No que diz respeito ao próprio espaço, para além do facto de se apostar na cor rosa, tal como as próprias fotos espalhadas neste artigo o demonstram, achei igualmente curioso, o facto de existir uma preocupação em «espalhar o amor» através de um mural recheado de variadíssimos quadros alusivos ao mesmo tema que, ao longo de uma escada, dão ainda lugar, num piso inferior, a uma sala com mais algumas mesas e cadeiras, contendo, numa das suas paredes, uma certa exposição:
No meu entender, mais do que saber atender clientes, o
importante é saber atrair a sua máxima atenção com as mais ínfimas coisas, sejam
portugueses ou estrangeiros, que foi o que eu presenciei enquanto permanecia na
loja…
1. Pode ler-se aqui que “Quando Ana Maio ficou desempregada, decidiu mudar de vida e colocar, literalmente, as mãos na massa. Em 2013, criou uma página no Facebook e começou a vender as pavlovas que confecionava e que já eram um sucesso entre amigos e familiares.” Mas como é tudo afinal aconteceu até chegar definitivamente a um espaço físico na cidade do Porto?
Ana Maio: Quando lancei a marca, em 2013, optei por frequentar
mercados urbanos no Porto para testar o produto e ver o feedback dos clientes.
E de imediato senti que as pessoas iam de propósito visitar-nos e até a
quererem fazer encomendas. A Miss Pavlova teve, desde o início, uma aceitação muito
boa por parte do publico e também da comunicação social, que desde essa altura
quiseram conhecer a história e os produtos, tendo sido várias vezes e em vários
sítios notícia, o que nos deu uma boa visibilidade numa fase inicial do projeto.
Cerca de dois anos depois, surgiu a oportunidade de integrarmos uma concept store e foi quando abrimos então a nossa primeira loja, na baixa do Porto, num espaço partilhado e sem visibilidade e exposição para a rua, mas até isso se revelou ser importante pois sentimos que o cliente ia mesmo à nossa procura.
2. Entretanto, eu sei que precisou de mudar de edifício, mas porquê, já que, se calhar, o negócio, até estaria a correr bem?
Ana Maio: Em 2020 mudámos para uma loja vizinha à concept store
onde estávamos, desta feita com frente de rua e com visibilidade e a exposição
que não tínhamos até ao momento. Entretanto surgiu a Covid, a pandemia e os
confinamentos obrigatórios. E imediatamente a seguir iniciaram as obras do Metro
do Porto naquela zona da cidade e, em maio de 2022, cortaram o acesso da Rua
dos Clérigos à Rua do Almada, que era a rua onde nos encontrávamos. Esta
mudança provocou uma queda muito grande da faturação e um transtorno enorme
para os nossos clientes quando iam levantar encomendas ou visitar o espaço.
Para além do barulho e pó decorrentes das obras ainda tinham de dar uma volta
muito grande para conseguirem entrar na nossa loja. Optamos então por mudar de
localização e abrimos um novo espaço bem no coração da Ribeira.
Ana Maio: O nosso produto estrela continua a ser a pavlova, agora com a concorrência dos macarons, que lançamos em 2018, na abertura da loja no NorteShopping. A Pavlova Floresta Negra é a nossa best seller desde 2013. As bolachinhas agridoces são um produto com muita popularidade e o sabor duplo caramelo o mais pedido.
4. Qual a origem dos vários ingredientes?
Ana Maio: Trabalhamos com matéria-prima de elevada qualidade,
usamos chocolate belga, manteiga, ovos, farinha de amêndoa, etc, e rejeitamos
qualquer tipo de sucedâneo, mixs, misturas já prontas ou margarinas.
Tentamos, sempre que possível, recorrer a fornecedores locais. Exemplo disso são os ovos, pois trabalhamos com o mesmo fornecedor desde o início da marca.
5. E as vendas são só feitas em loja ou por acaso tem algum serviço de entrega ao domicílio, por exemplo?
Ana Maio: As nossas vendas dividem-se entre as duas lojas físicas (Ribeira e NorteShopping), a loja on-line com entregas por transportadora em 24h e, para além de entregas via Uber, também temos um parceiro de entregas premium, com entregas em mão e agendamento de horário.
6. Que tipo de clientes é que costumam aparecer? Mais portuenses ou então mais do centro ou do sul do país?
Ana Maio: O cliente típico da Miss Pavlova é um cliente de
destino, que vai atrás da marca, seja ele local ou turista. Temos muitos
clientes de outras zonas do país e muitos clientes de Lisboa. Os turistas
também gostam muito da marca e adoram os produtos.
Ana Maio: Sim, este espaço está pensado para acolher eventos próprios, para ativações de marca, eventos corporativos, para receber grupos de turistas ou até mesmo eventos particulares e/ou familiares, por exemplo, um aniversario, já que temos uma sala pensada para o efeito.
8. No que diz respeito ao tipo de decoração encontrada no espaço, quais foram as suas principais inspirações e quais as suas aspirações para um futuro próximo?
Ana Maio: A Miss Pavlova tem o mood pink e quisemos manter essa
essência, mas trazer-lhe um pouco mais de irreverência, complexidade e cor. Tem
algumas inspirações de Paris e de outras cidades cosmopolitas. No futuro está
pensado montarmos uma cozinha para desenvolvermos workshops de pastelaria.
9. Acha que Portugal pode ser uma porta aberta a novos projetos, ainda que nos encontremos numa altura bastante marcada pela guerra na Ucrânia, bem como ainda pela própria questão da pandemia em Portugal?
Ana Maio: Ser empreendedor/empresário em Portugal não é fácil e a pandemia e o contexto de guerra em que vivemos vieram criar desafios ainda maiores. Apesar disso, penso e acredito que há sempre espaço para projetos arrojados e que tenham algum grau de diferenciação.
10. E quais os seus principais conselhos para quem deseja passar os seus sonhos para a realidade e alcançar múltiplos sucessos, tendo em conta a sua própria experiência?
Ana Maio: O primeiro passo é acreditar. Costumo dizer que se
nós não acreditarmos naquilo que estamos a vender como queremos que o cliente
compre? E depois vem a persistência e a resiliência, que são cruciais para
desenvolver o projeto em todas as suas fases, principalmente numa fase inicial.
11. Qual a sua formação profissional e qual a sua naturalidade?
Ana Maio: Sou do Porto e sou formada em design gráfico e gestão de marca.
12. Para terminar: quais os principais contactos e como deveremos fazer então algum tipo de reserva, ou então efetivar alguma compra através da vossa loja online?
Ana Maio: Através das nossas lojas físicas Ribeira (221123618 / 915979517) NorteShopping (223176378 / 915736583) da nossa loja online www.misspavlova.pt/loja , através do email geral@misspavlova.pt, ou mesmo das redes sociais.
(texto escrito por Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa)
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