segunda-feira, 26 de junho de 2023

Rita & Paulo da Marca The Custard Natas, em Entrevista à Revista P´rá Mesa!

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E na continuação do texto publicado aqui, venha daí conhecer quem é, afinal, a Rita e o Paulo do Projeto The Custard Natas, uma marca que tem vindo a crescer também em Portugal e a partir de Lisboa!

Por isso, quero desde já agradecer ao simpático casal, pela sua disponibilidade para responder a algumas perguntas acerca do seu projeto em mãos, que tem cativado cada vez mais portugueses com os seus deliciosos e caseiros pasteis de nata tradicionais portugueses, não perca!

1) Os pasteis de nata que já começaram a ser feitos em Portugal, tiveram o seu início em Eindhoven, Holanda. Neste sentido vou pedir-vos para contarem toda a história ligada ao vosso projeto e se por acaso já pensaram em abrir, no futuro, algum local de atendimento ao público!

Rita: Eu mudei-me para Eindhoven em 2020, para ir ter com o Paulo, o meu namorado, que já vivia lá desde 2018. Aquilo que começou com uma mudança de país maioritariamente por amor, deu inicio a muitas outras mudanças na nossa vida desde então. Graças ao Covid-19, o contrato de trabalho que tinha na altura sofreu algumas alterações e eu passei a trabalhar apenas em part-time. Com muito tempo livre e com saudades de casa, especialmente da nossa comida, passava muitas horas na cozinha, que era algo que me dava imenso prazer. A The Custard Natas foi impulsionada por tudo isso e começou em Junho de 2020, com uma mera brincadeira num grupo de internacionais no Facebook. Fizemos uma publicação a dizer que éramos portugueses e fazíamos pastéis de nata e de repente tínhamos mais de 30 encomendas para o dia seguinte! Daí para a frente, não houve um único dia em que não tivéssemos encomendas e decidimos ‘oficializar’, por assim dizer, a marca e criar uma página de Instagram para que o processo de encomenda e comunicação com os clientes fosse mais simples. Em relação ao espaço físico – já pensámos sim, andamos sempre de olho nos sites de agências imobiliárias para ver se eventualmente encontramos um espaço que preencha os nossos requisitos. Não posso garantir que esteja para breve, mas sem dúvida que está em cima da mesa.  

2) E, já agora, gostaria que se apresentassem aos leitores da Revista P´rá Mesa, incluindo a vossa naturalidade e formação profissional.

Rita: A equipa é composta apenas por nós dois – a Rita e o Paulo. Eu sou psicóloga clínica de formação, embora nos últimos anos me tenha dedicado ao recrutamento na área tecnológica. Sou do Bombarral, na zona Oeste, e mudei-me para Lisboa em 2011 quando comecei a estudar psicologia. O Paulo é engenheiro eletrotécnico, é de Odivelas e em 2018 teve uma proposta de trabalho e mudou-se para Eindhoven. Costumo dizer que o Paulo é o CEO/digital creator/content creator da ‘empresa’ e eu executo. A verdade é que nos completamos muito neste sentido, ele tem muito jeito para a comunicação digital e é bastante criativo e a mim dá-me imenso prazer inventar e recriar receitas. 

3) No que diz respeito aos produtos que têm ao dispor de quem vos contacta, qual é que tem sido o mais apreciado e qual a origem dos ingredientes utilizados?

Rita: Sem dúvida, os pastéis de nata tradicionais! Embora na Holanda tenhamos criado pastéis de nata com sabores diferentes – de Nutella, de manteiga de amendoim e de speculoos – aqui em Portugal nós somos verdadeiramente tradicionalistas e não há nada que consiga bater um bom pastel de nata tradicional. 

4) Mas como é que, afinal, poderemos adquirir os vossos produtos e para que zonas de Portugal será possível fazer-se a respetiva encomenda?

Rita: Além dos pastéis de nata, temos também bolachas de diversos sabores – brownie, M&M’s e manteiga de amendoim - e as bolachas podem ser enviadas para o país todo via CTT. Os pastéis de nata podem ser levantados na nossa casa ou nós fazemos entregas em toda a área metropolitana de Lisboa. Para fazer a encomenda, só precisam de entrar em contacto connosco através do Instagram ou do Facebook. 

5) A Holanda é conhecida por ser um país bastante plano, cujo método de transporte mais utilizado são as bicicletas, estou certa? E também todos nós sabemos o quanto é que Holanda, comparativamente com Portugal, tem um poder de compra superior, mas justificaria, no vosso entender, uma ida definitiva para lá? 

Rita: Certíssima! Toda a gente utiliza a bicicleta, nós rendemo-nos completamente assim que lá chegámos também. A Holanda é um país com muitos pontos positivos, eu gostei muito da experiência e vejo-me facilmente a viver lá definitivamente. Se se justifica ou não, depende muito de cada um. Para nós, as saudades de casa pesaram bastante, daí termos regressado. 

6) Já agora, poderiam assinalar alguns dos pratos mais tipicamente holandeses, sejam doces ou salgados, para além de descreverem uma receita de algum à vossa escolha?

Rita: Bom, a Holanda não é conhecida pela sua gastronomia de excelência! Devo dizer que esse para mim é o principal ponto negativo, mas acredito que nós estamos mal-habituados também. Vamos aos doces mais conhecidos: Stroopwafels, que são duas bolachas tipo cone de gelado unidas por uma espécie de caramelo e são maravilhosas! São vendidas em qualquer supermercado em embalagens, mas nos vários mercados da cidade, costuma haver pessoas que as vendem frescas e feitas na hora e são ainda melhores. Além disso, têm também a conhecida Apeltaart que é uma tarte de maçã. No que toca aos salgados, têm uma sopa de ervilhas que faz as delícias dos holandeses e os seus conhecidos bitterballens, que são pequenas bolinhas de carne fritas muito semelhantes aos nossos croquetes. Reza a lenda que a carne utilizada nas bitterballens é de origem...desconhecida. 

Em relação à receita, atrevo-me a partilhar aquilo que habitualmente as crianças holandesas comem de pequeno-almoço: Hagelslaag, que é nada mais nada menos que uma fatia de pão de forma como aquele que utilizamos para torradas, barrado com manteiga e polvilhado com granulado de chocolate. Fica o desafio a quem quiser experimentar esta brilhante combinação! 

7) E no que diz respeito aos pratos tipicamente portugueses, qual será a vossa receita favorita. e quem é que cozinha mais lá em casa? 

Rita: Habitualmente sou eu quem cozinha mais, mas quando é preciso, o Paulo também dá uma mãozinha e devo dizer que não me fica nada atrás. Em relação à receita favorita, creio que esta é uma pergunta bastante inglória já que me é muito difícil escolher! Provavelmente, o bacalhau com broa da minha mãe e o Paulo fica-se pelo arroz de marisco. Mas de uma coisa temos a certeza: pastéis de nata estão no topo dessa lista!

8) Para terminar, gostariam de divulgar alguma novidade que estejam a pensar para breve? 

Rita: Lançámos recentemente as nossas caixas de Brunch que têm uma combinação de doces e salgados, e são ideais para um pequeno-almoço tardio e calmo típico dos fins de semana. 


(texto escrito por Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa)


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