segunda-feira, 3 de julho de 2023

Parabéns, Odivelas!


Odivelas é, sem sombra de dúvida, uma cidade herdeira de valores e tradições, que inspiram o presente de quem é residente e pretende construir um futuro do qual se orgulhe! (ler mais aqui sobre o cartaz completo da edição deste ano das Festas da Cidade e compra de bilhetes)

 

A 13 de julho de 2023 comemoram-se, nada mais nada menos do que… 33 anos da elevação de Odivelas a Cidade, viva! Mas, afinal de contas, qual a origem do nome «Odivelas» e como é que tem sido o seu crescimento ao longo do tempo?

Logo, só boas razões para o meu caro leitor da Revista P´rá Mesa não sair do seu lugar e ler com atenção tanto este artigo como todos os outros que se seguirem nos próximos tempos, não perca!

Vamos falar, portanto, de histórias e tradições, mas também de gastronomia, livros e vinhos, uau!

Odivelas é uma cidade portuguesa, com certeza!

A origem do nome Odivelas está como o nome de tantas outras freguesias e concelhos de Portugal, envolto numa lenda que tem perpassado pelos séculos. A propósito do nome desta cidade, conta-se que D. Dinis tinha o hábito de deslocar-se à noite a Odivelas ao Mosteiro de S. Dinis e certa noite, sabendo a rainha do que se passava resolveu esperá-lo e quando o rei fazia o seu percurso para o encontro, a rainha interpelou-o e eis que proferiu as seguintes palavras: "- Ide vê-las senhor." Pelo que, segundo a lenda, a expressão "Ide vê-las", por evolução, terá dado o nome a Odivelas.

Odivelas é uma cidade do distrito de Lisboa, região e sub-região da Área Metropolitana de Lisboa, com cerca de 148 mil habitantes.

É sede do município de Odivelas com 26,54 km² de área e 148.058 habitantes (2021), subdividido desde 2013 em 4 freguesias; sendo assim um dos concelhos mais pequenos de Portugal.

E se, por um lado, entre 1950 e 1970, a população da freguesia odivelense passou de 6 772 para 51 395 habitantes, por outro elevou-se Odivelas ao estatuto de vila (1964) e, posteriormente, ao de cidade (1990), sendo por fim criado o concelho de Odivelas em 14 de dezembro de 1998, englobando as freguesias de Caneças, Famões, Odivelas, Olival Basto, Pontinha, Póvoa de Santo Adrião e Ramada.

A partir de 27 de março de 2004, a cidade passou ainda a estar ligada a Lisboa através da rede de metropolitano, com o prolongamento da Linha Amarela desde o Campo Grande, possuindo estações no Senhor Roubado e em Odivelas.


Sob os olhares da História!

Na verdade, Odivelas transpira séculos de história, englobando um património cada vez mais acessível a todos e que também muito me honra, por ser eu própria residente no concelho.

Dou como exemplo a questão da espada do rei D. Dinis, desaparecida há cerca de sete séculos, ter sido recentemente retirada do seu túmulo, no Mosteiro de Odivelas, para ser restaurada e estudada por uma equipa coordenada pela Direcção-Geral do património Cultural.

Temos que o Mosteiro de S. Dinis em Odivelas e a Igreja Matriz estão classificados como Monumento Nacional e o túmulo de D. Dinis e do Infante de Portugal encontram-se exatamente nessa mesma Igreja, tendo sido o mesmo Mosteiro fundado em 1295 pelo próprio rei D. Dinis intitulado ao mesmo tempo de “O Lavrador” e “O Rei-Trovador”.

Acrescente-se que, com a extinção das Ordens Religiosas, o convento passa a ser propriedade do Estado em finais do século XIX, tendo aí funcionado, entre 1900 e 2015, o Instituto de Odivelas, destinado a ser uma escola para filhas de militares. Porém, em 2019, o Exército assinou um contrato de cedência do edifício, por 50 anos, com a Câmara Municipal de Odivelas.

Neste sentido, em 2016, iniciou-se a “Intervenção conservativa e prospetiva”, com o objetivo de realizar um diagnóstico que permitisse definir os tratamentos e metodologias adequados para uma intervenção de conservação e restauro integral, tendo sido ainda identificado o mau estado de conservação das coberturas e paramentos da capela, obrigando a obras de conservação no edifício.

Em 2017, iniciou-se então a “Intervenção de conservação e restauro-túmulo D. Dinis”, através duma Candidatura da Câmara Municipal de Odivelas ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2020, que por meio de uma parceria entre os técnicos da DGPC e os técnicos da Câmara Municipal de Odivelas, foi conseguida a tão desejada abertura do Túmulo, no qual se identificou a tal espada, que até se encontrava em relativamente bom estado de conservação.

E assim ficou-se perante uma eloquente descoberta histórica, mas também simbólica e mística para todos os odivelenses!


(fontes: https://pt.wikipedia.org/, www.patrimoniocultural.gov.pt/, https://diariodeodivelas.com/, https://odivelashoje.pt/, https://www.cm-odivelas.pt/)

(texto escrito por Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa)


Sem comentários:

Enviar um comentário