Odivelas é, sem sombra de dúvida, uma cidade herdeira de valores e tradições, que inspiram o presente de quem é residente e pretende construir um futuro do qual se orgulhe! (ler mais aqui sobre o cartaz completo da edição deste ano das Festas da Cidade e compra de bilhetes)
A 13 de julho de 2023 comemoram-se, nada mais nada menos do
que… 33 anos da elevação de Odivelas a Cidade, viva! Mas, afinal de contas,
qual a origem do nome «Odivelas» e como é que tem sido o seu crescimento ao
longo do tempo?
Logo, só boas razões para o meu caro leitor da Revista P´rá Mesa não sair do seu lugar e ler com atenção tanto este artigo como todos os outros que se seguirem nos próximos tempos, não perca!
Vamos falar, portanto, de histórias e tradições, mas também
de gastronomia, livros e vinhos, uau!
Odivelas é uma cidade portuguesa, com certeza!
A origem do nome Odivelas está como o nome de tantas outras
freguesias e concelhos de Portugal, envolto numa lenda que tem perpassado pelos
séculos. A propósito do nome desta cidade, conta-se que D. Dinis tinha o hábito
de deslocar-se à noite a Odivelas ao Mosteiro de S. Dinis e certa noite,
sabendo a rainha do que se passava resolveu esperá-lo e quando o rei fazia o
seu percurso para o encontro, a rainha interpelou-o e eis que proferiu as
seguintes palavras: "- Ide vê-las senhor." Pelo que, segundo a lenda,
a expressão "Ide vê-las", por evolução, terá dado o nome a Odivelas.
Odivelas é uma cidade do distrito de Lisboa, região e sub-região da Área Metropolitana de Lisboa, com cerca de 148 mil habitantes.
É sede do município de Odivelas com 26,54 km² de área e 148.058 habitantes (2021), subdividido desde 2013 em 4 freguesias; sendo assim um dos concelhos mais pequenos de Portugal.
E se, por um lado, entre 1950 e 1970, a população da freguesia odivelense passou de 6 772 para 51 395 habitantes, por outro elevou-se Odivelas ao estatuto de vila (1964) e, posteriormente, ao de cidade (1990), sendo por fim criado o concelho de Odivelas em 14 de dezembro de 1998, englobando as freguesias de Caneças, Famões, Odivelas, Olival Basto, Pontinha, Póvoa de Santo Adrião e Ramada.
A partir de 27 de março de 2004, a cidade passou ainda a
estar ligada a Lisboa através da rede de metropolitano, com o prolongamento da
Linha Amarela desde o Campo Grande, possuindo estações no Senhor Roubado e em
Odivelas.
Sob os olhares da História!
Na verdade, Odivelas transpira séculos de história, englobando um património cada vez mais acessível a todos e que também muito me honra, por ser eu própria residente no concelho.
Dou como exemplo a questão da espada do rei D. Dinis, desaparecida há cerca de sete séculos, ter sido recentemente retirada do seu túmulo, no Mosteiro de Odivelas, para ser restaurada e estudada por uma equipa coordenada pela Direcção-Geral do património Cultural.
Temos que o Mosteiro de S. Dinis em Odivelas e a Igreja Matriz estão classificados como Monumento Nacional e o túmulo de D. Dinis e do Infante de Portugal encontram-se exatamente nessa mesma Igreja, tendo sido o mesmo Mosteiro fundado em 1295 pelo próprio rei D. Dinis intitulado ao mesmo tempo de “O Lavrador” e “O Rei-Trovador”.
Acrescente-se que, com a extinção das Ordens Religiosas, o convento passa a ser propriedade do Estado em finais do século XIX, tendo aí funcionado, entre 1900 e 2015, o Instituto de Odivelas, destinado a ser uma escola para filhas de militares. Porém, em 2019, o Exército assinou um contrato de cedência do edifício, por 50 anos, com a Câmara Municipal de Odivelas.
Neste sentido, em 2016, iniciou-se a “Intervenção conservativa e prospetiva”, com o objetivo de realizar um diagnóstico que permitisse definir os tratamentos e metodologias adequados para uma intervenção de conservação e restauro integral, tendo sido ainda identificado o mau estado de conservação das coberturas e paramentos da capela, obrigando a obras de conservação no edifício.
Em 2017, iniciou-se então a “Intervenção de conservação e restauro-túmulo D. Dinis”, através duma Candidatura da Câmara Municipal de Odivelas ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2020, que por meio de uma parceria entre os técnicos da DGPC e os técnicos da Câmara Municipal de Odivelas, foi conseguida a tão desejada abertura do Túmulo, no qual se identificou a tal espada, que até se encontrava em relativamente bom estado de conservação.
E assim ficou-se perante uma eloquente descoberta histórica, mas também simbólica e mística para todos os odivelenses!
(fontes: https://pt.wikipedia.org/, www.patrimoniocultural.gov.pt/, https://diariodeodivelas.com/, https://odivelashoje.pt/, https://www.cm-odivelas.pt/)
(texto escrito por Mónica Rebelo, fundadora da Revista P´rá Mesa)
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