Vamos elaborar uma Ementa Especial para festejar o Dia da Liberdade?

E façamos como Celeste Caeiro, que, com a sua mais pura e singela ingenuidade, acabou por criar a intitulada "revolução dos cravos", enfeitando a mesa com alguns cravos vermelhos... 

A preparação das receitas pode ser vista no Canal YouTube LYDIA RIBEIRO!

Para entrada, escolhemos cogumelos recheados com uns ovinhos de codorniz, que despertam o paladar para o prato seguinte:

O prato principal convida-nos para uma viagem além-mar, Linguine Negro com Lulas e Camarão:

A cor inusitada desta massa saborosa contrasta com o tom laranja dos camarões e o rosado das lulas, numa explosão de cores e sabores.

Para sobremesa, não resistimos e elegemos uma dupla vencedora. O Bolo de Bolacha, cujo sabor da bolacha Maria nos traz lembranças da infância e do aconchego familiar:

Aveludado e aromático, o Leite-Creme proporciona uma experiência de pura felicidade:

Preparamos a refeição com tempo e alguma ansiedade... 

Resta-nos espalhar alguns cravos vermelhos pela decoração da sala de refeição, já que são a flor principal e protagonista das comemorações do Dia da Liberdade, o 25 de abril:

"Em 1974, Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado. Trabalhava num restaurante na Rua Braancamp em Lisboa. O Franjinhas, era o primeiro restaurante “self-service” de Lisboa. Naquele dia comemorava o seu primeiro aniversário de inauguração e, por isso, haveria uma festa onde não podiam faltar flores. Seriam oferecidos cravos às senhoras, e um Porto aos cavalheiros. Mas a revolução que estava a decorrer alterou os planos e quando chegou ao trabalho, Celeste encontrou a porta fechada. Por isso, o restaurante não iria abrir. Então todos os trabalhadores voltaram para casa com um molho dos cravos vermelhos e brancos que já não iriam distribuir.

A caminho de casa, Celeste aproximou-se de um dos tanques militares que aguardavam novas ordens de Salgueiro Maia e perguntou o que se passava a um militar que lhe respondeu “Vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!” . Um militar pediu-lhe um cigarro, mas Celeste não era fumadora e tudo o que tinha para lhe dar era um dos cravos que tinha trazido do restaurante. Então, o militar aceitou a flor e colocou-a no cano da espingarda. Em seguida, os companheiros seguiram-lhe os passos e Celeste distribuiu todos os cravos que levava nos braços."

(vídeos da autoria de Lídia Ribeiro do canal youtube LYDIA RIBEIRO)