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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Elizabete Albuquerque do Projeto Allbuarte em Entrevista à Revista P´rá Mesa!


A costura e o bordado são técnicas artesanais com séculos de existência, envolvendo o trabalho de mestria com tecidos, agulhas e linhas, que nos dias de hoje estão a ganhar cada vez mais adeptos:

"Por séculos, a arte do bordado foi tida como de menor valor do que a da pintura e da escultura. Essa situação do bordado está mudando com o novo olhar sobre essa técnica muitas vezes feita por mulheres. Importantes museus como o Victoria and Albert Museum incorporaram em suas coleções bordados, em setores de obras têxteis."

(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bordado)


Em Portugal, existe um longo historial de bordados tradicionais:




Vamos, portanto, dar asas à nossa imaginação, enquanto ficamos a conhecer mais um projeto de alguém que investe o seu tempo numa atividade também cada vez mais apelativa nas redes sociais, sem esquecer que toda a função do artesão é conectar a arte com um dos seus objetivos que é criar produtos simultaneamente funcionais e belos, Elizabete Albuquerque!

1) Qual a sua naturalidade e área de formação a nível profissional?

Elizabete Albuquerque: Natural do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e a nível profissional, qualificada na área comercial e na área do artesanato, nomeadamente nos bordados.

2) Mas desde quando é que começou a interessar-se pela arte de bordar e que tipo de trabalhos é que costuma realizar com maior frequência e a pedido dos seus clientes?

Elizabete Albuquerque: Adoro artesanato, desde nova que sempre me despertou o interesse por trabalhos manuais, desde o bordar e o tricotar.

Actualmente, realizo uma diversidade de trabalhos, mas relativamente aos clientes, tenho os particulares e as empresas, sendo mais solicitado o bordar de vestuário e fardas de trabalho com os seus logotipos e bordar toalhas com nomes para oferta.

3) Aqui está escrito que “o bordado transcende a prática de costura, revelando-se como uma terapia poderosa para a mente. Ao abraçar essa forma de expressão artística, os indivíduos não apenas estimulam sua criatividade, mas também promovem o equilíbrio emocional”: quer comentar, já que o bordado à máquina também pode e deve ser considerado como sendo uma forma de artesanato, ainda que envolva o uso de máquinas computadorizadas?

Elizabete Albuquerque: Bordar abrange dar asas à nossa imaginação e criatividade, pois não ficamos pelo simples e direto desenho. Podemos juntar vários padrões, desenhos, formas e tipos de letra. É como de alguma forma estarmos a exprimirmo-nos artisticamente. Quando estou a bordar, naquele preciso momento tenho que estar focada e concentrada, pelo que me sinto feliz e liberta dos problemas diários. Quando finalizo o trabalho, sinto-me completa e com leveza. Além disso, também acabo por conhecer muitas pessoas, desde os clientes, fornecedores, grupos de trabalho. 

4) Já agora, o que é que a inspira e que tipo de materiais costuma utilizar mais?

Elizabete Albuquerque: Inspira-me todo o processo de elaboração que antecede o trabalho final, desde a criação da matriz, tipos de ponto do bordado, a preparação dos tecidos, linhas e medição. O que costumo utilizar mais são linhas e tecidos de algodão.


5) E quais é que são então os seus contactos para as pessoas a contactarem e fazerem uma encomenda?

Elizabete Albuquerque: Redes sociais, nomeadamente Facebook, Instagram, What’s App.

6) Por acaso tem algum espaço próprio para receber os seus clientes e expor os seus trabalhos?

Elizabete Albuquerque: Possuo um espaço físico, onde tenho instalado o atelier, assim como uma sala própria de receção aos clientes por marcação prévia, onde tenho os trabalhos expostos.

7) E quem é que cozinha lá em casa e quais é que são os seus pratos favoritos?

Elizabete Albuquerque: Em casa, na maior parte das vezes sou eu que cozinho. Os meus pratos favoritos são o polvo à lagareiro, a carne de porco á alentejana, a jardineira e salmão grelhado.

8) Quer terminar esta entrevista com alguma sugestão de receita culinária?

Elizabete Albuquerque: Bacalhau à Gomes Sá.

(texto escrito por Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa
com imagens cedidas por Elizabete Albuquerque) 


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