segunda-feira, 21 de abril de 2025

Maria Pereira e Maria Almeida do Projeto Cabaz Centro em Entrevista à Revista P´rá Mesa!

"A nossa oferta consiste na criação de cabazes de produtos alimentares, de decoração e utilidade diária. Origem na região centro de Portugal." (fonte: https://www.instagram.com/cabazcentro/)




Sendo eu natural da cidade que não existe (!), ou seja, Leiria, quis o destino que eu tropeçasse num projeto que, doravante, pretende marcar pela diferença, apostando em produtos oriundos nalgum local do centro do nosso país:

"Vamos à procura de informação desde Viseu Dão Lafões, Região de Aveiro, Região de Coimbra, Região de Leiria, Beira Baixa, Oeste e Médio Tejo, deslocamo-nos aos locais, provamos os produtos alimentares e procuramos artigos originários destas zonas. Além do que adquirimos, também produzimos alguns dos produtos que apresentamos."

Neste sentido, deixo-lhe aqui o meu convite, meu caro leitor, para que leia, até ao fim, a entrevista que tive oportunidade de fazer às próprias detentoras do mesmo Projeto, para ficar a saber, como eu, como tudo afinal começou, e quais os seus principais objetivos num futuro próximo, vamos a isso?

1) Não há dúvida nenhuma quanto ao facto de Portugal conseguir atrair imensos turistas, ora devido à sua história e tradição, ora devido aos seus recursos naturais e gastronomia típica. Neste sentido, podem dar a conhecer, aos caríssimos leitores da Revista P’rá Mesa, na vossa opinião, quais as maravilhas de Portugal, mais propriamente da zona centro, que mais importa divulgar ou degustar?

Embora Portugal seja um país pequeno, resolvemos, porque somos naturais de uma das zonas da região centro, mais especificamente do distrito de Aveiro entre Águeda e Anadia, falar apenas desta região, trazendo informação sobre vários produtos (alimentares, cerâmica e têxteis....), geografia e curiosidades. Vamos à procura de informação desde Viseu Dão Lafões, Região de Aveiro, Região de Coimbra, Região de Leiria, Beira Baixa, Oeste e Médio Tejo, deslocamo-nos aos locais, provamos os produtos alimentares e procuramos artigos originários destas zonas. Além do que adquirimos, também produzimos alguns dos produtos que apresentamos.

2) E no que diz respeito ao vosso projeto, como é que tudo afinal começou e qual o vosso principal objetivo e expectativas para o futuro?

O nosso projeto deu início nos finais de 2024 com a aproximação do Natal e com isso, resolvemos começar pelos cabazes, mas sempre tornando a nossa oferta mais abrangente; temos também algumas habilidades culinárias e de costura, que resolvemos explorar. Claro que o nosso objetivo é tirar algum proveito, mas também mostrar o que a nossa região oferece e ocupar de forma saudável a nossa mente. As nossas expectativas é levar mais longe e a mais gente o conhecimento do que realmente existe e o que se pode esperar da região centro e da nossa “marca”.

3) Mas parte dos artigos que colocam à disposição dos vossos clientes também é de vossa própria autoria, certo?

Sim, temos vários produtos da nossa autoria, especialmente artigos têxteis para casa, desde a mesa à cama e alguns produtos alimentares. Quanto a estes últimos iremos sempre adquirir ou produzir alguns produtos cuja conservação seja mais fácil, como os biscoitos, os outros nomeadamente os queijos, adquirimos por encomenda. Quanto aos artigos têxteis e de decoração são todos confecionados por nós, é uma área que gostamos muito e da qual iremos sempre transmitir informação.

4) E, sendo Leiria, a minha cidade natal, que é também a “cidade que não existe“, que produtos tipicamente leirienses nunca esqueceriam de colocar num cabaz?

No distrito de Leiria andámos à descoberta dos biscoitos e bolos secos e descobrimos alguns que achamos interessantes para divulgar como: Esses de Peniche, as cavacas de caldas, biscoitos do Louriçal, bolinhos de pinhão e o licor chícharo de Alvaiázere. Além destes produtos, iremos divulgar alguns artigos de casa como a coleção feita em Caldas da Rainha de Bordalo Pinheiro. Estamos abertas às suas sugestões.

5) Pode ler-se aqui que “A economia portuguesa deverá crescer 2,5% em 2025 “se não sofrer nenhum choque económico externo”, revelou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (...). O crescimento económico desde a pandemia foi um dos mais elevados da zona euro a nível europeu”, (...), mas “Apesar das “boas notícias neste ambiente internacional incerto”, o ministro reconheceu que Portugal continua a enfrentar “problemas e dificuldades”, referindo, entre outras questões, a baixa produtividade e a necessidade de modernização da administração pública.” Mas se Portugal já enfrenta, há várias décadas, um acentuado contraste entre o desenvolvimento do litoral e o do interior, o que há a dizer sobre Portugal continuar a “andar” a duas velocidades, por mais reformas e novos projetos a serem aprovados e até apoiados financeiramente por fundos europeus, comparativamente se calhar com a altura dos nossos avós e bisavós? 

De facto, o interior está pouco povoado, mas não será fácil reverter a situação, é preciso criar na zona postos de trabalho e isso envolve grandes investimentos e grandes gastos na deslocação e no transporte. As empresas estão vocacionadas para terem lucros e tudo tem que ser contabilizado. Para nós só seria viável se os produtos produzidos nessas zonas pudessem ser escoados facilmente e existisse oferta de serviços com alguma qualidade e diversidade. Apenas nos resta o turismo, com mais interesse na natureza, que procura ambientes tranquilos e longe das confusões, e que penso estar a crescer. Nas nossas viagens temos verificado muitas moradias antigas restauradas, algumas com fundos atribuídos, mas a maioria funciona como casas de férias, ou mesmo para serem ocupadas esporadicamente, são o reflexo de um país desigual.

6) Já agora: qual a vossa naturalidade e formação profissional?

Somos duas amigas com profissões muito diferentes, mas somos muito versáteis, que nos encaixamos em vários assuntos e interesses. Abertas a todas as ideias, com vontade de as concretizar e sonhadoras! A nossa naturalidade é, da costureira Anadia, e da Médica Dentista Águeda.

7) E uma vez que nos encontramos cada vez mais próximos da época da Páscoa, que tipo de produtos ou iguarias não poderão ser esquecidas à vossa mesa?

Ainda não pensamos em concreto o que vamos apresentar (está tudo inventado), mas vamos começar por mostrar uma mesa posta e decorada para a Páscoa, com toalha e guardanapos feitos por nós, louça da região, e outros artigos do centro de Portugal. Pensamos em fazer pequenas bolsas em tecido onde iremos colocar compotas e biscoitos e continuaremos com os nossos tradicionais cabazes, com vinhos, queijos e folares da zona.

8) Por último, quais os artigos que atualmente detém para venda e como é que vos podem contactar para efeitos de encomenda?

Os artigos que temos, são os que apresentamos nas nossas publicações, artigos têxteis para a casa, desde toalhas, corredores, panos individuais, guardanapos, lençóis e almofadas. Nos artigos alimentares temos queijos, vinhos, biscoitos e compotas.

(texto da autoria de Mónica Rebelofundadora da Revista P´rá Mesa,
em parceria com Cabaz Centro)




Mónica Rebelo
a Criadora dos Projetos Online de Gastronomia:
Artigos Mesa e Cozinha www.pramesa.pt/mesaecozinha

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